CAPÍTULO XXXVIII - FLAGRANTE

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Olá, manaters!

Dessa vez demorei QUINZE dias pra voltar, o que é muito tempo, né? Eu senti saudade de todas vocês, tenham certeza. Como mencionei na semana passada, minha família estava passando por um momento muito delicado, mas felizmente minha tia descansou como merecia e agora a vida precisa seguir, então cá estou eu com mais um capítulo dessa história maluca que vocês parecem gostar tanto. Boa leitura, a gente se encontra lá embaixo.

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NARRADORA

Com a movimentação no andar inferior, Gizelly e Rafaella despertaram juntas, o que não era habitual entre o casal. A primeira coisa que ouviram foi um grito, seguido de muitos xingamentos, que facilmente identificaram como sendo de Bianca. Em seguida foi a voz de Manoela que chegou aos seus ouvidos, as deixando em alerta, já que a paulista parecia exaltada e se desculpava desesperadamente.

Em poucos segundos as duas vestiram seus robes e desceram apressadas até o foco de toda aquela confusão. Quando chegaram ao corredor de acesso aos quartos de hóspedes, viram uma das portas aberta e Manoela estática com as mãos lhe cobrindo os olhos e apesar da cena estranha, deduziram que aquele se tratava do cômodo onde ela havia passado a noite com Maria Luísa, mas ao se aproximarem um pouco mais, puderam ver Bianca e Mariana sobre a cama, cobertas por um lençol e com expressões visivelmente constrangidas.

— Eu não acredito. – Gizelly invadiu o quarto e encarou as duas amigas sobre o colchão, foi inevitável conter o riso. – Fazendo uma festinha privada logo cedo e nem me chamaram?

— Achei que éramos amigas, Bia. – Foi a vez de Rafaella se aproximar e colocar-se ao lado da namorada. – Até a Maria Manoela tá participando, tô realmente chateada.

— Se eu soubesse que vocês curtiam troca de casais, tinha proposto ontem mesmo. – Maria Luísa surgiu ao lado de Manoela, que ainda permanecia parada na porta.

— Não convidamos ninguém, a Manu que quis participar e agora tá toda envergonhada. – Bianca segurou o riso e tentou manter o tom sério. – Mas já que tá todo mundo aqui, se organizar direitinho, a gente se diverte juntas e ninguém fica chateada.

Todas encararam Manoela com expressões de choque, ainda que soubessem que não passava de uma brincadeira de Bianca, jamais deixariam a oportunidade de constranger ainda mais a paulista.

— O que? – Manoela franziu a testa e cruzou os braços. – Vocês não estão acreditando nela, né? Eu... eu jamais me envolveria em algo do tipo. – Deu de ombros tentando parecer indiferente.

— Não fazemos seu tipo, Manu? – Mariana zombou da amiga e forçou uma expressão triste. – Poxa, mozão, a gente não tá valendo nada mesmo.

— Não é isso, as duas são muito bonitas e atraentes, mas eu já tenho alg... – Quando encarou as amigas e as viu gargalhando da sua falha tentativa de se explicar, cerrou os olhos e balançou a cabeça incrédula. – Nossa, eu odeio todas vocês.

— A gente ama você, bebê. – Gizelly caminhou até a amiga e a abraçou lateralmente, deixando um beijo sobre os cabelos curtos. – O que acha de irmos até a cozinha preparar um café? Assim você me explica como veio parar no quarto das noivinhas ninfomaníacas.

— Por favor. – Jogou os braços pra cima como se agradecesse a Deus por finalmente se livrar daquela situação constrangedora. – E vocês duas... – Apontou para o casal que permanecia na cama. – Vão pagar minha próxima sessão de terapia.

— Se a gente puder pagar com um ménage, pode ser agora mesmo. – Bianca brincou sem qualquer medo do perigo, só não esperava que Manoela fosse arremessar o chinelo que calçava em sua direção. – Coé, Manuzinha, tô só brincando com tu.

Manat | ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora