CAPÍTULO XXX - RECONSTRUIR

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Sentiram saudades? Demorei um pouquinho, mas tô de volta. Deixem a música Girls Just Want To Have Fun da Cyndi Lauper pronta, aviso quando for pra iniciá-la. Boa leitura, nos vemos lá embaixo.

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NARRADORA

Com o apoio da namorada e das amigas, Gizelly passou a frequentar o consultório de Mariana duas vezes por semana, o progresso era notório, a capixaba estava feliz, os sorrisos vinham fáceis e os pesadelos estavam cada vez menos frequentes.

Rafaella não se distanciou por um dia sequer durante as semanas que sucederam a primeira crise da capixaba. Fez questão de programar passeios aos lugares favoritos de Gizelly, a levou ao cinema e até se arriscou na cozinha, não havia nada que a mineira não fizesse em prol do bem estar da namorada.

Pensando nisso, programou uma reunião com as amigas no fim de semana que se aproximava, não precisou de cinco minutos para convencer a namorada, pois no fim das contas Gizelly sentia falta de toda aquela algazarra em seu apartamento. Álcool, música e conversa boa eram o combo perfeito pra celebrar o fim daquelas semanas tão nebulosas.

A capixaba se sentia tão animada que mal conseguia se concentrar no projeto à sua frente. Passou toda a sexta-feira trocando mensagens com a namorada, que não poderia estar mais feliz em ver sua Gizelly tão radiante e cheia de ideias. Naquela mesma tarde decidiram encomendar alguns petiscos e doces, além de muitas garrafas de cerveja, vodca e gin, conhecendo bem as amigas que tinham, sabiam que facilmente acabariam com todo o estoque comprado.

Um pouco antes das dezoito horas a arquiteta ouviu batidas sobre a porta e assim que autorizou a entrada se deparou com aqueles olhos apertadinhos em um sorriso lindo. Era sempre muito bom ser surpreendida por Rafaella.

— Que surpresa maravilhosa. – Se levantou rapidamente de sua cadeira e caminhou em direção a namorada que rapidamente a envolveu pela cintura. – Achei que só te encontraria em casa.

— Decidi vir te buscar, assim a gente passa no supermercado e compra algumas coisas pro jantar, o que acha? – Selou os lábios de forma carinhosa. – Minha cunhada já foi embora?

— Eu acho uma ótima ideia, vai cozinhar pra gente hoje, é? – Tombou a cabeça para o lado e sorriu grande. – A marrenta deve tá na sala dela, mas não dou dois minutos pra passar por aquela porta, parece que adivinha quando você chega. – Fez uma careta e soltou um riso.

— Tá com ciúmes porque eu sou a preferida, né? – Provocou a namorada e a viu revirar os olhos. – Sabe que é verdade, amor.

— O que é verdade? – Bianca questionou assim que entrou na sala da sócia. – Oi boazuda, que bom te ver, já tava até com saudades.

— Oi, Bi. – Se afastou de Gizelly e caminhou até a amiga. Envolveu seus ombros com um dos braços e voltou a olhar para a namorada. – Eu tava falando pra Gi que sou sua preferida, confirma aí pra ela.

— Tu não vem me complicar não, Rafinha. – Deixou aquela típica gargalhada escapar. – Como vocês duas viraram praticamente uma coisa só, posso dizer que são meu casal preferido, tá bom assim?

— Nada disso, Bianca, eu sou sua preferida, sempre fui. – Gizelly cruzou os braços sob os seios e ergueu uma sobrancelha.

— Fodeu, boazuda. – Se afastou da mineira e caminhou até a melhor amiga. – Tô brincando, meu furacão, tu é a número um na minha vida. – A envolveu em um abraço apertado.

— Não tenho nem chance, eu sei bem. – Rafaella negou com a cabeça e levantou as mãos rendida. – É impossível competir com a minha Gizelly, ela é boa demais.

Manat | ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora