「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」
Namorar um tatuador não era fácil. As horas dedicadas aos desenhos nos tiravam bastante tempo juntos e, além disso, tínhamos que lidar com o preconceito. Era sempre a mesma careta direcionada a mim quando descobriam que eu...
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🎉 SURPREEESA! 🎊
᎒ ● ᎒ ─ Aquele aviso básico: o capítulo começa com ceninhas quentes, então se preparem pra pular ou pra ler já sabendo o que é.
⊶⊷
Optei por não respondê-lo e assim evitar o risco de mudar aquele clima delicioso entre nós dois. Ao invés de dar alguma desculpa, puxei o maior ao meu encontro e tomei os seus lábios em um beijo apressado. Jeon não demorou a corresponder e até sorriu entre o contato, possivelmente acreditando que o seu corpo tão bonito fosse o responsável pela minha distração momentânea. Em seguida, as suas mãos agitadas partiram para os meus seios e os apalparam com firmeza, forçando-me a romper aquele beijo com um arfar. Depois, partiram para o meu short de moletom e desfizeram o nó que prendia a peça nos meus quadris. O rapaz pôs-se de joelhos sobre a cama, tendo-me entre suas pernas, e eu ergui o meu tronco para que ele pudesse concluir a tarefa de retirar a vestimenta.
Jeongguk estava em um ritmo acelerado, tinha necessidade de ser veloz. E o motivo talvez fosse uma desistência repentina de alguma das partes. Eu o compreendia totalmente e compartilhava o seu receio, tanto é que me esforcei para abandonar qualquer pensamento que não estivesse ligado ao que estávamos vivendo naquele instante. O moreno levantou-se da cama, passou o short pelos meus pés e o atirou contra o chão, desatou o nó da sua calça e a retirou com a mesma rapidez. Agora, apenas a sua cueca preta cobria uma parte de seu corpo. Com o olhar fixo em seu abdômen definido e tatuado, sentei-me sobre o móvel e retirei a minha blusa. Jeon me olhou sorridente, porém o sorriso logo se desfez. E eu sabia muito bem o porquê.
— Vai ficar aí? — Questionei, tentando trazê-lo para o momento. Por ter uma ideia de como ele estava se sentindo, eu acreditava que sabia como agir agora. — Vem.
E nada. Jeongguk permaneceu paralisado no lugar em que estava. Ah, não... Aquilo não poderia terminar assim. Tivemos coragem de dizer parte do que sentíamos e de seguir as nossas vontades. Já estávamos seminus! Eu não permitiria que Jeon tivesse brecha para pensar nos motivos que me fizeram apagar a nossa tatuagem. Não mesmo. Determinada, levantei-me da cama e caminhei até ele para puxá-lo levemente pela cintura, grudar os nossos troncos quentes e deixar um selinho demorado em seus lábios úmidos. Nós tínhamos que manter o contato físico para que qualquer pensamento contrário se esvaísse.
— Esquece tudo — pedi baixo, em um sussurro. — Podemos conversar depois se você quiser — os seus olhos brilhantes estavam focados nos meus. — Preciso que tome uma decisão, Jeongguk — minhas mãos acariciavam as suas costas nuas lentamente. — Ou nós continuamos agora ou paramos por aqui — determinei. O rapaz respirou fundo, mas nada disse. Apenas continuou me encarando. — Se permanecer em silêncio, vou entender que você optou pela segunda opção.
E a resposta que eu ganhei foi o silêncio mais uma vez. Jeon realmente havia desistido por causa da tatuagem? Eu sabia que era difícil de compreender e até de aceitar porque para mim aquele desenho também significava muito, mas por que desistir da nossa única oportunidade de aproveitar um momento juntos? A nossa vida em Seul é muito pesada. Aquela cidade nos traz lembranças tristes e uma carga densa se instaura entre nós dois, então talvez não teremos outra chance quando voltarmos. Após suspirar alto e assentir, soltei o mais alto e me distanciei do seu corpo tenso. Eu estava tão perto de me deliciar com a sensação de tocar mais uma vez aqueles braços, aquele peitoral, aquelas coxas... Mas agora tudo estava perdido.
