— Acordou desanimado — Hisoka apareceu na minha frente com o seu maldito tablet e eu soltei o ar com força. — E impaciente. O que houve?
— Nada de mais — terminei de beber a minha vitamina e olhei para o aparelho eletrônico. — O que tenho hoje?
— Uma conversa com o Sang sobre a fábrica que vai produzir o console.
— É a do pai da (s/n), você sabe.
— Eu sei, mas o Sang disse que tem uma nova fábrica chegando e...
— Eu quero essa. É mais tradicional, de confiança e eu tenho uma relação boa com o presidente — o interrompi já me sentindo levemente irritado. Sang estava tirando a minha paciência ultimamente. — Vai ser maravilhoso pra todos nós.
— Isso tem relação com os seus planos anteriores?
— Não — encarei-o brevemente e ri. — Falo sério. Eu estou disposto a esquecer de tudo o que (s/n) me fez e seguir em frente com ela.
— Mas você acha que ela está disposta a esquecer do que você fez?
— E o que eu fiz de tão grave? — nos entreolhamos e ele ergueu uma sobrancelha. — Está bem... — suspirei. — Acho que ela também vai dar uma chance pra nós dois, eu só preciso ser cauteloso.
— Bem, o evento de lançamento é amanhã e é bom ir se preparando.
— Pode deixar comigo — levantei-me. — Eu vou correr um pouco. Se a minha mãe aparecer, pode deixá-la caminhar livremente pela casa. Você acredita que ela inventou de fazer uma vistoria aqui? — Hisoka riu. — Esconde todos os preservativos que encontrar no meu quarto.
— Ela acha que você não transa?
— Não sei — dei de ombros. — Mas é melhor evitar possíveis problemas.
Enquanto corria pelas ruas, tive uma ideia genial. Corri até a casa de (s/n) e toquei a campainha sem demora, aguardando que alguém atendesse. Ainda era bem cedo e eu sabia que tanto ela quanto Minhyuk estavam em casa. Ofegante, esperava com ansiedade. Eu precisava fazer esse convite para poder conhecer a (s/n) atual melhor. Precisava saber se os seus gostos eram os mesmos, assim como o seu modo de reagir a certas situações.
— Jeongguk? — Park tinha os olhos semicerrados por, provavelmente, ter acabado de acordar. — O que faz aqui?
— Vim te convidar pra sair comigo — falei em uma descontração forçada. Eu ainda me surpreendia com a falta de esperteza de Minhyuk. Ele era muito desatento, desde adolescente. — Como amigo, nada de funcionário.
— É? — franziu o cenho. — Por quê?
— Porque eu estou com saudades do meu amigo Minhyuk bobão — relembrei o seu apelido que ainda lhe servia perfeitamente bem. Olhei para o interior da casa em busca de (s/n), porém não a vi. — É só uma bebidinha depois do expediente — expliquei, encarando-o agora. — Podemos ir a um cybercafé antes. Está a fim de perder pra mim? — sorri abertamente. Se fosse inteligente, ele perceberia o outro sentido da pergunta. Park apenas sorriu de volta e concordou com a cabeça.
— Fechado! Depois do expediente?
— Sim. Vamos juntos, não precisa nem passar em casa — falei olhando para dentro mais uma vez.
— Quer entrar? Você deve estar precisando de água — riu. Que homem otário! Como (s/n) se interessou por isso? Eu precisava lhe dar umas boas palmadas na bunda por me trocar pelo bosta do Minhyuk.
— Se não for incômodo — dei de ombros e ele me deu espaço para entrar. — A sua casa é bem organizada e bonita — falei, realmente me surpreendendo com o interior da residência.
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Em nome da vingança | Jeon Jungkook
Fanfiction「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」 Namorar um tatuador não era fácil. As horas dedicadas aos desenhos nos tiravam bastante tempo juntos e, além disso, tínhamos que lidar com o preconceito. Era sempre a mesma careta direcionada a mim quando descobriam que eu...