「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」
Namorar um tatuador não era fácil. As horas dedicadas aos desenhos nos tiravam bastante tempo juntos e, além disso, tínhamos que lidar com o preconceito. Era sempre a mesma careta direcionada a mim quando descobriam que eu...
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— Merda — ele murmurou retirando o cinto de segurança.
— Você vai? — perguntei vendo-o abrir a porta do carro com grosseria. — Não precisa ir até lá com má vontade — olhei para o local em que o homem era agredido e arregalei os olhos. — Os agressores ainda estão ali, Jeongguk — eu falava, mas ele parecia não ouvir. Segurei o celular com força e digitei o número da polícia. — Jeongguk, volta agora! — gritei, mas ele seguiu o seu caminho até o grupo de rapazes de forma determinada.
Enquanto eu falava com a polícia, Jeon parecia resolver o problema entre os rapazes. Ele estava conversando com os homens e aquilo me intrigou. Logo os três agressores correram e Jeongguk abaixou-se para prestar socorro ao rapaz que estava caído. A atendente da polícia disse que a ajuda logo chegaria e eu desliguei a ligação, indo até os dois em seguida.
— Como ele está? — perguntei assim que cheguei perto.
— Eu quero a minha mamãe — o homem gritou como um bebê e eu não consegui disfarçar o meu susto, dando um leve pulo assim que ele fez aquilo.
— Está drogado, como eu te disse antes — Gukkie murmurou e negou com a cabeça.
— O que você conversou com aqueles homens? — perguntei olhando para os lados, conferindo se a polícia se aproximava.
— Não, eu não conversei com eles — negou rapidamente. — Eu disse que havia chamado a polícia e eles correram.
— Eu vi você conversando — insisti.
— Você viu errado, (s/n) — ele estava extremamente sério. Logo a sirene ecoou pela rua e nós nos viramos para a pista. — Você chamou a polícia? — perguntou em um grito.
— Claro. Você acha que poderíamos resolver isso com as nossas próprias mãos? — respondi com pressa enquanto Jeon passava as mãos nos cabelos, bufando assim que parou.
— Bom dia — o policial nos cumprimentou. — Nós recebemos um pedido de ajuda — assenti. — Esse é o homem que estava sendo agredido? — apontou para o homem deitado no chão que agora tinha os braços cruzados e se mexia de um lado para o outro freneticamente.
— Isso — respondi. — É um usuário de drogas, provavelmente.
— E os agressores fugiram quando vocês se aproximaram? — olhei para Jeon receosa e o vi engolir em seco. Respirei fundo e fechei os olhos por poucos segundos no intuito de me concentrar e falar com convicção.
— O meu namorado chegou gritando, dizendo que havia chamado a polícia.
— Você é o namorado dela? — olhou para Jeongguk que assentiu em seguida. — Se arriscou muito, rapaz. Eles poderiam ter atirado em você ou te agredido também.
— Pois é — murmurei encarando o meu namorado fixamente. Aquilo era muito estranho, ele pareceu não ter receio algum quando foi até os três homens.