Espreita

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— Então você é o novo diretor-geral da Jpeetch? — Arregalei os olhos, surpresa, e Minhyuk riu soprado.

— Sim — sorriu lateralmente. — Além de talento, sempre tive vontade de crescer e fui valorizado lá.

— Mas é um cargo e tanto.

— Você acha que eu não sou merecedor?

— Você sempre foi talentoso, isso é verdade — dei de ombros. — E se o cargo de diretor na Jpeetch é preenchido por esse critério, então você é mais do que merecedor — sorri brevemente. — Parabéns, Minhyuk.

— Muito obrigado, (s/a) — riu. — Mas pra minha vida ficar ainda melhor, além de outras coisas, preciso ganhar o processo contra Jeongguk e tirar dinheiro dele.

— Ainda não foi julgado?

— Direitos autorais demoram nos casos em que há um contrato tão filho da puta — suspirou. — Mas eu não vou desistir, Jeongguk vai me dar uma quantia exorbitante.

— Bom... — respirei fundo, decidida a encerrar o assunto simplesmente porque não queria ficar falando de Jeon. — Heeji tem que comer frutas às três da tarde, certo? Por favor, não esqueça.

— Hoje nós faremos um piquenique, então fruta é o que não vai faltar — o loiro sorriu abertamente. — A babá está pronta? — Olhou ao redor, conferindo o interior da minha casa. — Ela nos atrasou bastante no outro passeio.

— Está vindo — respondi ao ouvir os passos da moça que descia a escada. — Tenta não se atrasar pra voltar como fez na semana passada, está bem?

— Pode deixar — ele sorriu quando viu a babá trazendo Heeji já devidamente vestida para passear. — Minha filha! — Segurou a bebê em seus braços, beijando a sua bochecha em seguida. — Pronta pra mais um passeio? Hoje você vai poder curtir a grama do parquinho — mexeu nos cabelos da menina que o encarava atentamente sem esboçar qualquer reação. — Quer se despedir da sua mamãe? — Apontou para mim.

E como se entendesse, a mais nova me olhou e eu me aproximei para encher o seu rostinho de beijos e assim me despedir. Eu não gostava de estar longe dela, mas isso era necessário porque a minha menina tinha que conviver e conhecer o pai. Minhyuk parecia estar mais tranquilo e queria ver a filha com mais frequência, então ele vinha buscar a garotinha todos os sábados e isso já acontecia há um mês. Gayoon, a babá, chegou a ir em alguns desses encontros e a sua ausência se deu por conta de sua escala de trabalho, já que eu fazia questão de cuidar da Hee integralmente durante o fim de semana. Se eu estava em casa, não fazia sentido ter a moça sempre aqui.

— Heeji já se foi, não é? — Minha mãe riu fraco ao me ver.

— Sim, por quê?

— Sua expressão diz tudo — ela me abraçou de lado ao se aproximar suficientemente. — Minhyuk está fazendo tudo certo e eu achei que você ficaria feliz.

— Eu fico — suspirei. — Mas é difícil ver a minha filha indo embora com ele. Eu não queria me afastar dela.

— Isso é coisa de mãe — a mais velha gargalhou. — Agora você me entende.

— Completamente.

Jeon Jeongguk

— Pela hora, deduzo que já estão lá — falei após conferir o meu relógio de pulso. — Vamos logo, Hisoka.

— Um minuto — ele respondeu enquanto digitava algo no celular. — Droga... — murmurou.

— O que houve?

— Minha esposa convidou a minha sogra pra passar um tempo conosco — entortou a boca e a minha gargalhada foi inevitável. — E você ainda reclama por estar sozinho.

Em nome da vingança | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora