Entre a alegria e a angústia

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— Amor! — O grito animado de Jeon invadiu a sala. — Vim te buscar pra irmos fazer o exame, consegui me livrar da reunião de última hora — riu. — Liguei para o seu médico enquanto vinha pra casa e ele me disse que poderia nos falar qual é o sexo, mas eu respondi que queríamos ter a emoção de descobrir dessa forma — o moreno sorriu largo, como se a sua resposta tivesse sido a mais esperta de todas. Eu ri. — Ele deve ter achado que somos dois idiotas, não é?

— Acho que todo mundo fica um pouco bobo quando se trata de um bebê, mas... Você ligou para o médico? — Jeongguk assentiu. — Não acha que já o atrapalha demais com as mensagens de texto?

— Estamos pagando, não é? — Deu de ombros. — Não consigo parar de pensar no resultado. Será que tem cromossomo masculino no seu sangue? — O maior me abraçou por trás. — Se não tiver, é uma menininha. Aposto que você não sabia dessa informação! — Falou mais alto, estava eufórico. — O médico me explicou tudo na ligação e eu te garanto que estou apto pra te acompanhar e conferir o resultado junto contigo.

— Você sempre esteve, amor — me virei para poder beijá-lo lentamente. — Vamos logo, estou ansiosa.

— Hisoka! — Jeongguk gritou de repente e o homem apareceu na sala no instante seguinte. — Pega o tablet que nós vamos para o laboratório.

— Eu também vou? — Ele arregalou os olhos.

— Claro que vai — respondeu antes de revirar os olhos. — Temos que trabalhar durante o caminho e você é como se fosse um membro da família, então não será nem um pouco estranho te ter conosco — os dois sorriram um para o outro e eu fiz o mesmo. Era tão bom ver Jeongguk agindo desse modo.

Seguimos para o térreo do prédio e o motorista já nos aguardava em frente ao carro de luxo. Jeon não parava de falar sobre como estava indo a produção do berço com o meu pai e Hisoka ouvia tudo com animação enquanto tentava, ao mesmo tempo, trabalhar em seu inseparável tablet. Eu trocava algumas mensagens com Haneul, que estava extremamente feliz por saber que em breve teríamos a informação sobre o sexo do meu bebê. Jeongguk não soltava a minha mão, alternando os carinhos entre beijos e afagos ali. Quem nos visse por fora certamente pensaria que somos um casal de namorados, porém a verdade é que não tínhamos nada além de amor um pelo outro e também a possibilidade de termos um filho juntos.

[...]

— E então...? — Os olhos negros e agora arregalados do moreno estavam atentos em mim enquanto ele esfregava as mãos na calça jeans. Havíamos recebido o resultado após doze dias e isso nos rendeu muitos momentos de ansiedade. Até nos arrependemos de ter feito essa bobagem, já que a ultrassonografia seria amanhã. — Menino ou menina?

— Veja você mesmo, meu amor — sorri abertamente enquanto lhe entregava o papel. Analisei atentamente cada reação de Jeongguk, notando que ele foi de nervoso a eufórico em apenas alguns segundos.

— Menina? — Gritou enquanto se levantava do sofá. — É uma menina? Teremos uma menininha? — Manteve o volume da voz. Eu assenti inúmeras vezes e ri alto quando ele correu pela ampla sala do seu apartamento. — Hisoka! Vem aqui!

— Aconteceu algo? — O homem apareceu assustado.

— É uma menina! Uma garotinha está ali — apontou para a minha barriga. O sorriso do japonês surgiu no mesmo instante. — Você já imaginou uma menininha correndo por essa casa após roubar o tablet da sua mão?

— Estou imaginando agora, senhor — respondeu sorridente.

— Ei! — Levantei-me também. — A minha filha não vai roubar o tablet do Hisoka! O que eu mais quero é que ela seja calma, que não me deixe preocupada o tempo todo.

Em nome da vingança | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora