Golpe por correspondência

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(S/N)

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(S/N)

— Estranho... — murmurei confusa enquanto encarava o celular.

— O que foi? — Haneul perguntou.

— Jeongguk não manda mensagem há três dias — pressionei os lábios, descontente. — A gente só se fala por ligação, já que ele diz que está ocupando demais pra me ver.

— Soube que a Softway está envolvida em um negócio grande — Areum disse enquanto partia o seu bolo. Era uma sexta-feira à tarde e nós estávamos em uma doceria famosa da cidade. — Parece que é um complexo de tecnologia.

— Mas ela já não está inserida em um? — Questionei confusa. — O Sang é o responsável.

— Não está sabendo? — Haneul me olhou boquiaberta e eu fiquei ainda mais curiosa. — Está em todos os programas de TV, amiga.

— O que é?

— O complexo deu tão certo que terá o número dois — a loira explicou. — Ele vai ser batizado com o nome que o presidente quiser.

— O maior burburinho está exatamente aí — Areum falou. — No presidente.

— E quem é o presidente?

— Será um dos CEOs das empresas inseridas no complexo um — Haneul respondeu. — A escolha será feita através de uma votação com todos eles.

— Uau! — Exclamei baixo.

— Não está pensando em nada? — A minha amiga me olhou e eu franzi o cenho, negando em seguida. — Ah, céus! — Pôs a mão na cabeça. — Jeon Jeongguk é dono de uma das empresas, bobinha. Softway está no complexo e vai concorrer e votar, obviamente.

— Nossa! É verdade! — Arregalei os olhos. — Jeongguk poderá ser o responsável pelo complexo dois.

— Posição muito importante — Areum disse antes de rir. Haneul a seguiu e eu, nervosa, engoli em seco. — O que foi, (s/a)?

— É que eu fico insegura.

— Com o quê?

— Ela pensa que vão criticá-la por não ser rica como o Jeon — a minha amiga disse antes de revirar os olhos.

— Mas os seus pais... — Areum parou de falar e exibiu o seu cenho franzido.

— O meu pai é dono de uma fábrica, eu não — suspirei com pesar e ela assentiu, certamente entendendo a minha situação. — Ser herdeira não é tão vantajoso quanto parece pra quem está de fora. Algumas pessoas veem como dinheiro fácil, que veio do suor do outro — expliquei. — Tenho medo de ser confundida com uma aproveitadora, já que não ganho muito pelo trabalho que faço e vou receber a empresa do meu pai apenas quando ele morrer. Infelizmente, as pessoas são cruéis.

E assim ficamos naquela conversa por longos minutos. Assim como Haneul e Jeon, Areum disse que eu não deveria me importar com o que acham sobre mim, que a vontade de construir um relacionamento sólido deveria prevalecer. O problema é que nesses dias eu percebi que Jeongguk estava um pouco distante. Ele não me tratava mal, muito pelo contrário, mas eu percebi que o nosso ritmo diminuiu. Jeon sequer direcionou suas piadas de duplo sentido, o que me deixava bem frustrada em algumas ligações. Será que desistiu de nós dois?

Em nome da vingança | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora