Rotina alterada

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— Onde eu coloco a almofadinha, mamãe? — Heeji tinha os olhos atentos em mim

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— Onde eu coloco a almofadinha, mamãe? — Heeji tinha os olhos atentos em mim.

— Coloca no berço — indiquei e continuei observando as suas ações. Ela agia com satisfação, estava contente. — Você está me ajudando muito, filha — com um pouco de dificuldade, abaixei-me para beijar a sua testa. — Obrigada.

— De nada! — Retribuiu o meu sorriso. — Posso ajudar com os ursinhos também?

— Pode — alinhei os seus cabelos e, em seguida, voltei a sentar no chão, onde algumas fraldas me esperavam para serem guardadas. — Só precisamos esperar o seu pai chegar. Ele vai trazer as caixas pra cá.

— Eu pego!

— Não, meu amor — ri, divertindo-me. — Você não consegue, mas eu agradeço pela boa vontade.

A melhor decisão que havíamos tomado foi levar a nossa Heeji para conversar com uma psicóloga. A pequena expôs o que pensava, falou das suas angústias e receios envolvendo a nova integrante da família e a profissional também nos ouviu e nos ajudou informando como poderíamos lidar com tudo isso. A dica principal – e a que mudou efetivamente a opinião da Hee sobre ter uma irmã – foi inseri-la na maior quantidade possível de etapas da preparação para a chegada da bebê, variando desde a arrumação do quartinho e escolha de algumas peças de roupa até a visualização de ultrassonografias. Não foi muito fácil no começo, porém a menor cedeu aos poucos e não demorou muito para demonstrar alegria e ansiedade. As coisas finalmente entraram nos eixos e eu não poderia estar mais radiante. Era, sem dúvidas, um dos melhores momentos da minha vida.

— Onde estão as minhas meninas? — A voz alegre de Jeongguk surgiu no corredor e nós duas nos entreolhamos sorridentes. — Falo das três!

— Aqui! — A garota gritou antes de correr para fora do quarto e eu retornei para a atividade que fazia há mais de dez minutos: organizar as fraldas no trocador. — Oi, appa!

— A mamãe está deitada?

— Não.

— Como? — A surpresa em seu tom de voz me fez rir.

— Ali.

— Amor! Quantas vezes tenho que te dizer que não pode ficar perambulando pela casa? — Os seus passos apressados se tornaram mais audíveis e ele logo apareceu na porta. — Não acredito! — Arregalou os olhos. — O que está fazendo aí? Por que está sentada no chão, (s/n)? — Disparou. — Você está com nove meses! A nossa filha pode nascer a qualquer momento e você está sentada no chão?

— Eu...

— Não pode! — Se aproximou com rapidez. — Levanta, amor.

— Só que eu quero...

— Por favor — estendeu a mão para mim e eu bufei alto, contrariada. — O médico foi claro contigo e eu não quero ter que bancar o marido chato e te cobrar isso.

Em nome da vingança | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora