Retomando o foco

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— A minha filha está no carro, eu vou entrar — anunciei ainda enquanto tentava identificar a moça entre as pessoas que passavam pela calçada

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— A minha filha está no carro, eu vou entrar — anunciei ainda enquanto tentava identificar a moça entre as pessoas que passavam pela calçada.

— Eu já volto — Jeongguk disse antes de se afastar em passos rápidos.

— Não demore — pedi alto para que ele ouvisse. Jeon já atravessava a rua.

Quando finalmente se aproximaram, passei a observar a interação dos dois e fiquei intrigada. Eles não se cumprimentaram e nem se tocaram. Jeongguk parecia enchê-la de perguntas e Goeun claramente pedia que o moreno se acalmasse movimentando os seus braços freneticamente. Não pareciam brigar, longe disso. Jeon aparentava estar ansioso por respostas e a moça parecia estar com medo de que alguém os visse ali. Goeun olhava para os lados repetidas vezes e em uma delas quase me flagrou com a cabeça para fora da janela do carro. Heeji já cochilava em sua cadeirinha e, por isso, eu conseguia dar atenção total ao casal que conversava do outro lado da rua.

— Me ligue mais tarde — Jeon disse alto enquanto caminhava até o meu veículo, minutos depois de encontrá-la.

— Não se preocupe comigo! — Goeun gritou. O rapaz entrou no automóvel e, ofegante pelos passos apressados que deu, me olhou com apreensão.

— Ela é...

— Não precisa me falar dos seus casos.

— Não vai mesmo me deixar explicar? — Agora me encarava com indignação. — Sempre vai ser assim? Você me interrompe, fala o que quer, tira as suas próprias conclusões e fim de conversa?

— Não pretendo ficar perto de você pra sempre.

— (s/n)... Você aponta o dedo pra mim, mas erra muito também — suspirou enquanto negava com a cabeça. — Se soubesse parar pra me escutar antes de achar que estou agindo pelas suas costas, certamente teríamos evitado cinquenta por cento de tudo o que aconteceu.

— Ah... — Me virei para encará-lo de frente. — Então a culpa é minha?

— Não, você não tem culpa de absolutamente nada do que eu fiz! — Falou um pouco mais alto e bufou ao perceber que Heeji dormia. — Eu estou dizendo que não teríamos levado a situação daquela forma. Se você tivesse ouvido o que eu tinha pra te dizer naquele dia em que contei tudo o que sentia e uma parte do que fiz... — fechei os olhos por um breve momento. — Você teria duas possíveis reações — me encarou. — Ou me escorraçaria da sua vida e sentiria ódio eterno de mim ou me perdoaria verdadeiramente e nos transforaria em um casal muito forte e unido, que não se separaria pelo simples fato de Heeji ser filha de Minhyuk.

— Está me dizendo que...

— Se eu estivesse bem de verdade contigo, se tivesse contado tudo o que queria e tivesse o seu perdão completo, eu teria sido um homem mil vezes mais forte e aguentaria qualquer coisa que viesse do Park em relação à paternidade de Heeji — falou com seriedade. — Qualquer provocação, palavra dura... Eu aguentaria qualquer coisa por vocês duas, tanto pelo amor que sinto quanto pelo fato de finalmente estar tranquilo comigo mesmo — seus olhos estavam marejados agora. E era nítido que Jeon falava a verdade, pois eu podia reconhecer até pelo seu tom de voz. — Se você tivesse me ouvido e conseguido me perdoar... — respirou fundo antes de negar com a cabeça de novo. — Mas eu não quero transferir toda a culpa pra você, longe disso. Só quero te dizer que não querer me ouvir traz muita consequência ruim pra nós dois.

Em nome da vingança | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora