Plano cancelado

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— Quero te pedir desculpas — Jeongguk disse de repente

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— Quero te pedir desculpas — Jeongguk disse de repente. Estávamos presos naquele carro há cerca de cinco minutos e não falamos nada um para o outro.

— Tudo bem, já foi. Você vai pagar, não é? — Dei de ombros e ele riu fraco. — Está resolvido.

— Não é sobre isso — suspirou. — É pelo modo que te tratei no primeiro dia que nos vimos depois desses três anos — falou concentrado no caminho. Encarei o seu perfil lindo por um tempo e logo tirei a atenção dali, sentindo-me levemente inquieta. — Você... Você não precisava ter passado por aquilo — parecia ser doloroso dizer aquilo. Talvez assumir que estava errado era complicado para Jeon.

— Foi bem desnecessário mesmo — agarrei a minha bolsa com força, estava nervosa. — Mas agora já foi.

— Você vai me desculpar?

— Desculpo — respondi depois de um curto espaço de tempo. Ele sorriu fechado e me olhou rapidamente.

— E sobre o beijo...

— Não termine — o interrompi. — Aquilo foi um erro, nós traímos as pessoas que nos relacionamos e eu me sinto extremamente mal.

— Se sente mal?

— Claro, eu não queria ter traído o Minhyuk. Você gostou de ter feito isso com Hari?

— Eu não estou com Hari, só a convidei pra me acompanhar porque não tinha ninguém pra levar — deu de ombros. — Tinha o Hisoka, mas o seu pai estranharia porque ele sabe que eu não curto homens — disse de forma divertida e eu gargalhei.

Jeon desviou a sua atenção para mim mais uma vez e sorriu antes de olhar para a rua. Ele parecia mais tranquilo agora, não estava querendo me atacar ou perguntar sobre o que aconteceu entre Minhyuk e eu; o que era de se estranhar. Ficamos em silêncio por mais alguns minutos e logo eu reconheci a rua da clínica em que trabalho. Havia colocado o endereço em seu GPS e o moreno seguiu o trajeto com atenção.

— Eu causei uma péssima impressão em você — disse sério agora. — Não sou ruim e nem voltei pra te atacar — apertou o volante, parecia um pouco tenso agora. — Como pedido de desculpas, eu queria te convidar pra jantar comigo.

— O quê? Eu e você?

— É — olhou para o lado esquerdo, lendo o nome da clínica em seguida. Estacionou logo na frente e virou-se para mim. — Se quiser, chame o Minhyuk.

— O Minhyuk? — Ele assentiu e eu ri alto, porém sem vontade.

— O que foi?

— Você está sendo falso novamente, estava bom demais pra ser verdade — suspirei, retirando o cinto de segurança. — Olha, eu aceito as suas desculpas — ele sorriu abertamente. — Mas o convite eu vou dispensar — Jeongguk me olhou por alguns segundos e ficou sério ao perceber que não me faria mudar de ideia. — Não precisamos disso — abri a porta do carro e a fechei com cuidado. O seu automóvel parece ter sido o triplo do valor do meu e danificá-lo agora me traria um prejuízo enorme. — Muito obrigada pela carona, Jeongguk.

Em nome da vingança | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora