— O quê? Como ele fez uma merda dessas? — Gritei completamente surpresa. — Mãe, o que deu nele? Meu pai lutou tanto por essa empresa, resistiu na alternativa de ter sócios e agora passa as ações que lhe restaram de repente?
— Ele não me explicou nada. Chegou em casa, disse que vendeu parte das ações, mandou eu te ligar pra pedir que você viesse até aqui e depois se trancou no escritório. Está lá até agora.
— Então é algo sério — suspirei. — Mãe, eu chego aí em poucos minutos — falei antes de desligar o celular.
— Aconteceu algo? — Minhyuk perguntou do andar de cima. Estava com os cabelos levemente bagunçados indicando que havia se deitado por um breve momento.
— Meu pai enlouqueceu, Min — subi a escada às pressas e fui até o quarto para pegar o meu celular e a minha bolsa. — Eu vou até a minha casa e volto assim que entender tudo o que aconteceu, certo?
— Quer que eu vá junto? Você parece nervosa.
— Eu até aceitaria, mas você está machucado — segurei seu rosto com leveza e beijei a sua bochecha. — Fique aqui e descanse. Eu vou pegar um táxi e não demoro.
— Se cuida — sorriu fechado. — Se precisar de algo, me ligue.
— Pode deixar.
O táxi chegou em poucos minutos e logo eu estava em casa. A minha mãe tinha o rosto levemente inchado, era óbvio que havia chorado de preocupação. Não demorei a puxá-la para um abraço e dizer que tudo ficaria bem. O que o meu pai fez era totalmente incoerente e de certo a assustou bastante, assim como me assustou também. Caminhamos juntas até o escritório e eu bati na porta, sendo autorizada a entrar logo após.
— Vamos ter uma conversa em família — ele disse apontando para as cadeiras à sua frente. Ocupamos os lugares e o encaramos.
— Por que fez isso? — Perguntei.
— Necessidade.
— Mas que tipo de necessidade, pai? Não estava tudo certo até ontem?
— Não, eu menti pra vocês — arregalei os olhos, ainda mais assustada com tudo aquilo. — Disse que estava tudo certo, mas, na verdade, nós estamos com problemas financeiros graves.
— Por quê? — Minha mãe questionou.
— Me roubaram muito dinheiro e a empresa ficou sem capital de giro, que foi justamente a área afetada pelos desfalques.
— Você não tem um dinheiro reserva fora esse? — Ele negou e eu suspirei com pesar. — E, me diz, onde é que o Jeongguk entra nessa?
— Eu estava esperançoso com a nossa parceria, mas ele disse que não poderia andar com os negócios agora porque estava enfrentando um problema com alguns funcionários.
— É, eu sei bem a quem ele se referiu quando disse isso — meu pai franziu o cenho assim que terminei de falar. — Ele demitiu o Minhyuk hoje.
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Em nome da vingança | Jeon Jungkook
Fanfiction「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」 Namorar um tatuador não era fácil. As horas dedicadas aos desenhos nos tiravam bastante tempo juntos e, além disso, tínhamos que lidar com o preconceito. Era sempre a mesma careta direcionada a mim quando descobriam que eu...