Taehyung, o dono do shopping

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Após rodar pela sala como dois otários, Haneul e Jisub ligaram para (s/a) e ele contou em detalhes tudo o que aconteceu. Totalmente resistente, (s/n) disse que não havia mais jeito. Realmente estava disposta a desistir de nós. Ela também disse que a minha armação com Jisub só mostrou que eu sou um "imaturo de merda" e que quanto menos me encontrar, melhor. Todo o esforço que eu estava fazendo para não chorar se desfez quando a ligação foi finalizada. Não havia mais jeito.

— Fica calmo, você vai passar mal — Haneul disse enquanto afagava as minhas costas. Eu já chorava como um bebê e me sentia um fraco por isso. Deveria estar chorando em casa e me poupando dessa humilhação.

— E-Eu... Eu vou embora — levantei-me após enxugar o rosto com a minha camiseta.

— Vou te levar — Jisub também se levantou.

— O quê? Não! — A sua namorada se pronunciou rápido fazendo-nos olhar para ela com curiosidade. — Ele queria te bater, não dá pra confiar.

— Haneul! — Jisub a repreendeu e eu ri.

— Ela tem razão. Não confie em mim.

— Até parece — o meu amigo pressionou os lábios e me ajudou a ir até o carro. Eu estava completamente desnorteado. Era surreal.

Jisub me levou até o apartamento no meu carro e ficou lá até que Hisoka chegasse. Odiava ter que ouvir os sermões do meu funcionário, mas eu precisava falar com ele agora. Durante o caminho, decidi manter o controle e pensar com coerência. Ao fazer isso, vi que realmente não havia alternativa. (s/n) estava irredutível e não pensou duas vezes antes de me pisar. Se ela acha que tem o direito de fazer isso, eu posso achar que tenho o direito de fazer o mesmo ou pior. Agora era a minha vez de atacar e (s/n) vai ver que não deveria ter desistido de mim. Eu vou mostrar a face que tenho quando estou longe dela.

— Ligue para o seu amigo do exército — falei para Hisoka assim que Jisub se foi.

— Por quê? Você o dispensou.

— Só ligue — retirei a minha camiseta e os tênis, caminhando lentamente até a cozinha.

Sentia as minhas mãos e pernas dormentes e não sabia o motivo. Talvez estivesse nervoso demais. Peguei um pouco de suco e após bebê-lo, busquei uma garrafa aberta de vodca na minha geladeira e me servi. Voltei para a sala e o meu fiel escudeiro falava em japonês com o seu amigo. Enquanto bebia o líquido transparente, observei o céu escuro através da minha janela. Amanhã é um novo dia e um não tão novo Jeongguk vai levantar da cama.

— Espere um minuto — ouvi a voz de Hisoka soar mais alta e me virei para ele.

— Pode sair — falei antes de colocar o celular no ouvido e o outro se afastou. — Como vai, senhor Tanaka?

— Muito bem. Em que posso ajudar, senhor Jeon?

— Lembra-se do nosso plano? — Ele concordou. — Retome. Eu quero perfeição.

— Você está falando com a pessoa certa, pode ficar tranquilo.

— Certo. O pagamento estará na sua conta em alguns minutos — falei em completa seriedade, sentindo-me tenso. — Nos falaremos em breve — esperei que ele se despedisse e desliguei, suspirando pesadamente logo após.

— Você tem certeza disso?

— Tanto quanto dois mais dois são quatro — joguei o seu celular no sofá e voltei para a janela. — Já pode ir embora.

— (s/n) não vai te perdoar.

— Ela não me quer mais — dei de ombros. — Nada importa.

— Você deveria esperar um pouco e tentar de novo. Ela te ama e vai ceder, só está com a cabeça cheia — disse calmamente e eu bufei, impaciente.

Em nome da vingança | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora