「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」
Namorar um tatuador não era fácil. As horas dedicadas aos desenhos nos tiravam bastante tempo juntos e, além disso, tínhamos que lidar com o preconceito. Era sempre a mesma careta direcionada a mim quando descobriam que eu...
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⏅ | Um aviso pra tranquilizar os mais desesperados: quando tudo parece estar perdido, um novo caminho sempre surge. Uma porta se fechou, mas uma janela vai abrir. Certo? Aguentem aí!
⊶⊷
— O Jeon? Por qual motivo? — Kim tinha o cenho franzido. — Não acho que ele seria tão...
— Ele seria — o interrompi após terminar de beber toda a água daquela taça. — É só juntar uma ponta a outra, Taehyung.
— E quais são as pontas?
— O Jeongguk confessou que voltou pra Coreia com um plano de vingança contra mim — recordei. — Ele queria que eu visse o quanto era rico e que nada do que falei durante a nossa discussão no passado se tornou realidade. Pra mostrar força, até se apossou das ações do meu pai na fábrica.
— Mas o seu pai as vendeu — Kim respondeu.
— Porque ele foi vítima de roubo em uma de suas contas bancárias.
— O grupo do Tanaka mexe com tecnologias também — a filha do senhor Jung disse. — Mais um indício de uma possível ligação entre os dois.
— O pacote pra roubo foi completo, então — concluí enquanto negava com a cabeça, já indignada. — Ele quis enfraquecer o meu pai pra poder agir. Jeongguk pediu para o pessoal do Tanaka retirar os dois milhões da conta, comprou as ações da fábrica, e depois, pra firmar a desgraça na minha família, ordenou o roubo de toda a carga de consoles já tendo a certeza de que o meu pai assumiria todas aquelas multas — falei rápido. A minha mente estava operando em velocidade mil. — Quem mais teria todas as informações essenciais sobre a localização dos caminhões?
— Qualquer pessoa envolvida na negociação — Tae rebateu. — Eu não acho que...
— Kim, pense bem... — interrompi o mais velho novamente. — Ele foi o único beneficiado por tudo o que aconteceu. O contrato entre os dois é abusivo! — Falei mais alto, revoltada. Ficamos em silêncio. — Pensando que esse pode ter sido o maior e mais terrível plano do Jeongguk contra mim... — respirei fundo antes de continuar. Me sentia desolada. — Agora eu posso ver o quanto ele é perigoso.
— O que tem nesse contrato? — A secretária questionou.
— Se os produtos sofressem algum dando, o meu pai automaticamente assumiria uma multa astronômica — suspirei. — E foi por causa dessa cláusula que ele foi obrigado a passar a fábrica para o Jeon.
— Então essa foi a verdadeira finalização do plano — Tae falou de repente. — Ele te cercou como pôde e te fez pensar que aquilo era a tal vingança.
— Enquanto ele ganhava tempo pra terminar o que mais interessava — completei.
— O rapaz sem perspectiva para o futuro que enriqueceu e ficou com tudo o que pertencia à ex-namorada — o moreno murmurou a sua conclusão. — Então o Jeongguk queria ver todos vocês pobres.
