Em nome da vingança | Jeon Jungkook

Maluco descontraído

Eu havia falado de uma vez, como se quisesse me livrar daquela obrigação o mais rápido possível. Encarei o chão e suspirei, sem coragem de olhar para Jeongguk agora. Minhyuk começou a falar sobre a nossa saída mais tarde e eu apenas concordava com tudo, fingindo animação quando a mãe dele dizia algo. Jeon ainda ficou ali por mais algum tempo até cansar de esperar e ir embora em passos rápidos. Levantei o rosto para olhar na direção em que ele foi e ainda pude vê-lo passar as mãos pelo cabelo enquanto caminhava até a mesa. Era claro que estava nervoso.

— Então... A conversa está muito boa, mas eu preciso ir agora — falei em tom normal, buscando ser simpática.

— Ah, você ainda tem que trabalhar — a minha "sogra" disse. — Por sorte, o Minhyuk teve folga hoje.

— Folga? Min, você não me disse nada — franzi o cenho e o loiro riu fraco.

— Faz parte da agenda, amor. Eu ainda vou te mostrar tudo o que foi planejado ontem — respondeu com alegria.

— Você teve a reunião com Jeongguk?

— Sim — disse rápido. Droga. Preciso me lembrar de não mencionar Jeongguk.

— Hm... Tudo bem. Eu tenho que ir. Até mais tarde, senhora Park.

— Até, minha querida.

— Beijo, amor — Minhyuk gritou e a mãe riu. Eu tive que fingir um riso e bufei assim que desliguei.

Caminhei preguiçosamente até a mesa sem deixar de notar o mau humor de Jeongguk. Agora ele estava sentado em seu lugar e encarava o celular com o cenho franzido e os lábios pressionados. Sentei-me novamente e as outras duas mulheres me disseram que haviam pedido a conta, esta que o "senhor Jeon" fez questão de pagar. Ele não dizia mais nada, apenas olhava para Areum sempre que ela falava algo. Agora, para ele, Haneul e eu parecíamos não existir mais. Jeon estava nos dando um gelo.

— Nos ignorou completamente — a loira bufou. Entramos na minha sala e ela fechou a porta com força, tão irritada quanto eu. — Odeio ser tratada assim. O que aconteceu entre vocês naquele momento?

— Park ligou — mostrei a mensagem no celular para ela — e eu tive que fazer isso. Chamei o Minhyuk de amor na frente dele.

— Ah, merda — sussurrou. — E ele acha que você está com o Park frouxo de verdade. Provavelmente Jeongguk pensou que você apenas usou ele.

— Pare de falar assim do Minhyuk — repreendi e ela revirou os olhos. — Essa história está me dando uma dor de cabeça gigante.

— Mas você gosta — sorriu. — E muito.

— Da parte do Jeongguk até que está sendo desafiador, mas permanecer nesse namoro... É pior porque temos que enganar a todos — suspirei. — Só você sabe da verdade.

— Pelo menos — deu de ombros e eu ri. — Bom, eu vou trabalhar. Conversamos depois.

Jeon Jeongguk

— Ela o chamou de amor! — Gritei batendo na mesa. Hisoka deu um leve salto, mas se conteve. — Na minha frente, Hisoka! O que eu sou pra (s/n)? Até ontem eu podia sentir que ela me amava, mas olha o que aconteceu hoje! — Mantive o meu tom de voz e o desespero do meu amigo era visível. Eu pouco estava me importando por estar no meu escritório na Softway. — Ela foi toda carinhosa, riu bastante durante a conversa, parece que até falou com a sogrinha querida. Como uma pessoa consegue gostar da mãe chata do Minhyuk? Meu Deus!

— Tenta manter a calma, Jeongguk — pediu e eu o encarei furioso.

— Não — gritei. — Manter que calma, Hisoka? Eu estou uma pilha de nervos, porra! A mulher que eu amo chamou outro cara de amor na minha frente — retirei o paletó num misto de ódio e pressa, quase rasgando a peça. — (s/n) me tratou como um nada, me reduziu.