— A pequena Heeji é filha de Jeon Jeongguk — Jooman continuou com tranquilidade. Todos nós do outro lado da sala estávamos em completo silêncio, chocados. — Eu quis te dar uma lição e não pensei em fazer outra coisa desde que descobri que você tinha chances de ser o papaizinho da menininha — riu fraco. — Não podia deixar a oportunidade passar, certo?
— Você... Seu filho da puta! — Minhyuk gritou enquanto se levantava, mas foi parado pelas algemas que prendiam os seus pés a uma base de concreto posicionado ao lado da cadeira que ocupava. — Tem noção do que fez? Eu vivi um inferno pensando que estava destinado a continuar olhando pra (s/n) pelo resto da minha vida! — Manteve o volume estrondoso da voz. — Eu achei que aquela menina era a minha filha de verdade!
— E foi divertido, não foi? — O outro riu. Jeongguk apertou a minha mão de repente e eu suspirei com pesar, atordoada. Nunca imaginaria que essa era a verdade sobre a confusão com o resultado do teste. — Claro que foi.
— Mais uma vingança — Taehyung disse. — Que porcaria é essa? — Cruzou os braços, revoltado. — O que vocês têm na cabeça?
— O pesadelo parece não acabar nunca — murmurei, encarando-o.
— Não seja tão pessimista — Tae desfez a careta que exibia para sorrir. — É só mais uma etapa das poucas que restam — o moreno claramente havia mudado de comportamento porque notou a minha tristeza. — Acredite.
— Ela era muito bonitinha pra ser sua filha, Park — Lee disse, rindo novamente em seguida. — Cai na real — voltou a apoiar as costas na sua cadeira. — A menina tinha muito do Jeon desde que nasceu — negou com a cabeça. — Vocês não perceberam isso porque acreditaram cegamente no meu serviço, mas eu não vou negar... O meu trabalho é muito bom mesmo — piscou o olho para o outro. — Entrar naquele sisteminha complicado e bem protegido foi difícil, tanto é que demorei alguns dias pra conseguir fazer tudo sem deixar grandes pistas.
— Então você assume a autoria? — A oficial questionou.
— Claro — falou firme ao olhar para a mulher. — Não sou um frouxo como o meu priminho — sorriu provocadoramente. — Assumo os meus atos quando vejo que o cerco se fechou — voltou a encarar o loiro. — Não há pra onde correr, Minhyuk. Aceite a sua derrota.
— Preciso que você diga de forma clara que...
— Eu invadi o servidor do laboratório e troquei os resultados do teste de paternidade — Jooman interrompeu a profissional. — Park não possuía habilidades suficientes pra algo tão complexo. Embora bastante eficiente e um bom invasor, ele ainda é novo no esquema.
— Terminamos o interrogatório? — Minhyuk questionou baixo, derrotado. Ele tinha os olhos marejados e provavelmente sentia o mesmo vazio que eu por confiar tanto em quem não merecia nada. — Eu quero ficar longe desse merda.
— Não tenha ódio de mim, cara. Não percebe que estamos quites agora, meu primo? — Manteve o sorriso convencido e aquilo me irritava mais a cada segundo. Jooman brincou com a vida da minha filha por causa de uma simples lição que desejava dar ao cúmplice? — Eu só quis te mostrar que se você me der as costas, eu posso acertar a sua nuca e acabar contigo.
— A nossa parceria acabou aqui, Lee.
— Eu sei que não acabou — o rapaz sorriu, tomado pelo convencimento. — O nosso laço familiar vai falar mais alto sempre e eu te espero de braços abertos.
— Eu te odeio! — Park gritou enquanto esticava-se para ficar mais perto do outro, assim como ele fez minutos atrás. — Você interferiu em algo pesado, jogou com o meu futuro, envolveu a minha mãe nisso! Tem noção do quanto ela sofre por não ser avó? — Continuou gritando, exaltado. — Você fez algo sério, Lee! E eu não admito que mexa assim comigo e com ela!
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Em nome da vingança | Jeon Jungkook
Fiksi Penggemar「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」 Namorar um tatuador não era fácil. As horas dedicadas aos desenhos nos tiravam bastante tempo juntos e, além disso, tínhamos que lidar com o preconceito. Era sempre a mesma careta direcionada a mim quando descobriam que eu...