Capítulo 39

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O capítulo possui 1292 palavras

Samuel

Em Igminar existiam dois tipos de prisão, as prisões por delitos na cidade e as prisões para delitos contra a família real. As celas no subsolo da residência da familia do segundo rei era onde a outra Kátia e seus seguidores estavam.

Eu e Lobo seguimos para essas celas e tudo parecia muito tranquilo, o suficiente para me deixar em alerta. Aquelas pessoas não tinham nenhum medo da punição que poderiam receber pelos seus crimes. Parecia até que estar aqui agora fazia parte dos planos. Foi por isso que eu não podia deixar que os semi-humanos partissem ainda. Poderia ser perigoso para todos nós se nos separássemos.

Quando chegamos na cela da outra Kátia a mulher sorriu. Ela estava sentada num colchonete que estava no chão e recostada na parede. Ela não parecia que queria sair da cela. O lugar em que estávamos não era grande, tinha uma pia, um sanitário e o colchonete em que ela estava sentada, mesmo assim, ela parecia bem confortável.

- Achei que havia me esquecido. - Ela disse. - Mas é bom te ver novamente Samuel.

Ela olhou para quem estava ao meu lado enquanto eu abria a porta de grade metálica da cela.

- Oh. O Lobo veio também. - Ela falou. - Não esperava por isso, mas saiba que eu tenho muito interesse em você.

Ela recebeu um olhar sério do Lobo.

- Não é recíproco. - Ele disse.

- Assim você me machuca. - Ela disse e colocou a mão sobre o coração, com sofrimento fingido. - Quando você ficou assim? Tão sério. Isso é porque a sua parceira morreu? O único culpado das consequências das suas ações é você mesmo.

- Já chega. - Falei sério.

O que ela queria, morrer ali mesmo, era a única coisa que eu podia pensar. Ela não podia apenas provocá-lo e achar que ficaria assim.

Lobo pôs a mão no meu ombro.

- Está tentando me atingir com isso? - Lobo falou. - Qual o seu plano? Se seu plano é me fazer perder o controle eu sugiro que pare. As pessoas que destruíram a minha família estão todas mortas agora. Você está tentando acabar como eles? Eu divido. Eu vou te dar um conselho, pare com esses jogos mentais, eles não funcionam comigo.

Ele se aproximou dela e prendeu seus braços em cima da cabeça com apenas uma mão. Ela tentou chutá-lo, mas ele usou a outra mão para prendê-la.

Aparentemente aquilo que ela disse o chateou muito, mais do que ele admitiu. Era para ele apenas observar e dizer se era verdade ou mentira o que ela dizia, mas ele tomou meu lugar.

- Onde ela está? - Lobo perguntou.

A outra Kátia sorriu.

- O que você disse sobre jogos...... - Ela começou, mas ele apertou as mãos em torno das pernas e braços dela e a outra Kátia gritou.

Lobo tinha uma força quatro vezes maior que a de um humano normal, ou mais que isso talvez. Ninguém sabe ao certo quão forte ele pode se tornar, mas ele sozinho parou boa parte dos invasores de Eventiner uns anos atrás. Ele não gosta de se meter nos assuntos dos outros países, mas é considerado um protetor dos semi-humanos.

- Eu vou perguntar novamente. - Ele disse. - Onde está a Kátia?

- Estou bem na sua frente. - Ela respondeu.

Ela gritou novamente. Eu pedi para ele vir aqui para ajudar e acabou que sou apenas o apoio. Isso me deixa desconfortável. Não estar a frente da situação me deixa inquieto, mas não posso negar que ele está indo bem, mais um pouco e essa mulher vai ceder.

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