Capítulo 42

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O capítulo possui 1327  palavras

Kátia

Depois de me atualizar sobre o que estava acontecendo no meu mundo e de contar a Gisele e Ana por alto o que aconteceu comigo, eu finalmente pude parar e pensar sobre o que faria a seguir.

Eu tinha que voltar, mas não podia simplesmente voltar sem um plano, se não, eu seria apenas um fardo para os outros, que teriam que me proteger.

Quando já estava anoitecendo e ficamos com fome, nós pedimos uma pizza. Como o pedido foi feito cedo, a pizza chegou surpreendentemente rápido. Gisele desceu para buscar o que pedimos e ficamos só eu e Ana. A princípio eu estava desconfortável com a presença dela, mas aos poucos eu estava me acostumando.

- Eu sinto muito. - Eu disse a Ana. - Sobre tudo. O que aconteceu com sua mãe e depois tudo que aconteceu com a gente, eu sei que........

- Tudo bem. - Ela me cortou. - Esse tempo todo também foi muito estranho para mim. Eu mudei bastante e, mesmo que você não acredite, eu também sinto muito.

- Eu acredito em você. - Falei.

Já era hora de acabar com as desavenças infantis.

- Que coisa mais fofa. - Disse Gisele que já tinha voltado com as pizzas. - Agora somos como uma grande família feliz.

Ela veio e nos abraçou. Nós rimos.

- Quando vocês ficaram tão amigas? - Perguntei, estava curiosa e com um pouco de ciúmes da minha melhor amiga sim e eu não vou negar.

- Depois que a Fabiana sumiu ela grudou em mim igual carrapato. - Disse Ana.

- Entendi, é mesmo algo que ela faria. - Eu disse.

- Ei. - Reclamou Gisele. - Se eu sou um carrapato, o que você são, hein? Cadelas?

Trinta segundos depois estávamos todas rindo outra vez.

- Deixando de lado o fato que somos cadelas. - Falei. - O mais importante é trazer mamãe de volta, como a gente faz isso?

Peguei um pedaço de pizza de frango e comi. As meninas também me acompanharam.

Fazia muito tempo que eu não comia pizza e ela estava ótima. Eu até suspirei de felicidade.

- Eu estou surpresa que você está tão calma. - Disse Ana para mim. - Nem parece que a pouco tempo estava planejando voltar para aquele outro mundo na hora.

- Eu pensei melhor. Preciso de um plano. - Falei.

- Precisamos, é o que você quis dizer não é? - Perguntou Gisele. - Nem sonhando que você volta lá sozinha.

- Mas e se você não conseguir voltar depois? - Eu disse. - Eu não sei bem como isso funciona ainda.

Olhei para o anel que, por sorte, ainda estava comigo, junto com o colar que Samuel me deu. Eu sabia como usar mas não sabia o que aconteceria quando eu o acionasse.

- Se é pra estar perdida, pelo menos dessa vez vamos estar juntas, não é? - Disse Gisele.

Lágrimas se formaram nos meus olhos e eu vi tudo ficar embaçado. Eu esfreguei os olhos pra tentar conter o choro, mas quando eu olhei Gisele estava com lágrimas nos olhos e aí eu não consegui mais me segurar.

Eu e Gisele chorávamos enquanto a campainha tocava. Ana aproveitou o momento para fugir daquele momento de lágrimas entre eu e Gisele. Nós respiramos fundo e nos controlamos para ver quem chegou.

Mundos Opostos - Perdida (Sem Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora