Capítulo 26

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O capítulo possui 2190 palavras

Onde Samuel tinha se metido?

Páris era menos cruel para me ensinar as coisas, mas eu sentia falta do meu Samuel. Foi só ele desaparecer que um incomodo no meu peito apareceu e eu não conseguia parar de me perguntar onde ele estava. Para piorar Páris nunca me dizia nada. Ele só me treinava e mudava de assunto.

No segundo dia de sumiço do Samuel, Páris me levou até a casa de Sabrina porque ela precisava falar comigo. Sabrina expulsou Páris de casa e mandou ele ir trabalhar porque eu ia passar o dia com ela. Não vou dizer que eu achei ruim, pelo menos ela me distraiu e me fez não passar tanto tempo pensando em Samuel.

Sabrina me ensinou muitas coisas, sobre o primeiro e os segundos reis e sobre como me comportar na festa, como fugir das perguntas intrometidas das pessoas apenas dando uma resposta evasiva e como me comportar direito a mesa.

O primeiro rei ela um homem muito bonito e estava solteiro, por isso ele provavelmente passaria a festa inteira se escondendo das possíveis pretendentes. Ele era muito dedicado ao povo e dizia que não pensava em se casar tão cedo. Os sete segundos reis, incluindo meu pai, também estariam na festa. Ela disse que Páris mandou avisar para ter cuidado com três deles, porque eles não gostavam do meu pai, mas o resto eram pessoas legais. Ao final desse dia exaustivo de muito aprendizado ela me convidou para a sala de costura dela.

- Eu não te chamei aqui só para conversar. - Disse Sabrina com um sorriso enorme. - Eu terminei seu vestido. Eu mudei algumas coisas, mas espero que você não se importe.

- Sei que o que você fizer vai ficar lindo. - Respondi.

Ela sorriu tímida e me levou até o cabide onde meu vestido estava pendurado. Eu realmente estava certa, o vestido era lindo e continuava verde, como eu queria. Ela me pediu para vestir para fazer os últimos ajustes. Eu vesti o olhei como ficou no espelho que ela tinha na sala de costura.

O vestido longo marcava um pouco na cintura e era todo verde. As mangas tinham o mesmo tom de verde do vestido, mas eram de um tecido mais transparente. Além disso, da cintura para cima o vestido era todo bordado com desenhos de flores vermelhas e folhas verdes de um tom mais claro que o do vestido, além de ter o mesmo bordado no final das mangas.

Era realmente um vestido muito bonito e combinava comigo. Não era como aqueles vestidos que a modista da rainha me mandava vestir, que me faziam sentir estranha. Eu estava mesmo feliz por ter pedido a Sabrina para fazê-lo.

- É lindo Sabrina. - Eu disse. - Você é mesmo incrível. Eu quero que você faça vestidos para mim sempre. Porque você é assistente se é tão brilhante?

- Isso é exagero princesa Kátia.

- Só Kátia, por favor. Você sabe que não precisa dessa formalidade toda. Somos amigas não é?

- Sim. - Ela disse sorrindo. - Você gostou do vestido?

- É claro que não. - Falei - Eu amei. Nunca usei nada tão lindo.

Sabrina parecia muito feliz que eu tinha gostado e eu estava feliz também. Sabia que em pouco tempo ela não seria mais assistente e poderia ter sua própria loja de vestido. A garota ia longe.

- Então, - Falei. - Quanto eu te devo?

- Ah. - Disse Sabrina. - Sobre isso. Seu vestido já foi pago.

- Já?

- Sim. Então não precisa se preocupar com isso.

Provavelmente meu pai pediu para alguém vir aqui pagar o vestido. O que era bom, já que eu não tinha dinheiro mesmo. No fim eu ia pedir mesmo para ele pagar mesmo. Eu ri com esse pensamento e olhei em volta.

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