Capítulo 6

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O capítulo possui 1785  palavras

Segundo as informações que eu recebi de Páris, estávamos a um dia de viagem da Capital. Estava ansiosa com isso, principalmente por não saber o que poderia acontecer. Prometi ao meu irmão que ficaria viva, e eu realmente faria o máximo para isso acontecer, mas poderiam acontecer muitas coisas que me levariam a morte.

Tínhamos parado outra vez e dessa vez seria a última. O motivo da parada é que os cavalos estavam muito cansados e precisavam parar. Achar um rio foi um bônus que ganhamos e nos motivou mais a parar.

Eu precisava de um banho urgente. Os unicórnios brancos da minha roupa estavam ficando marrons. Precisava de uma roupa limpa também. Tinha ficado novamente com o Samuel para não tentarem me matar de novo.

Vasculhei a cabana de Samuel e encontrei algumas roupas que com certeza ficariam folgadas em mim, mas era o que tinha para hoje. Procurei algo para amarrar na calça para que ele não caísse e achei um pedaço de corda que poderia servir. Saí da cabana com as roupas nas mãos e ia encontrar algum lugar no rio que pudesse tomar um banho sem ser vista por todos os homens aqui.

Saía feliz da cabana com a possibilidade de um banho e dei de cara com Páris. Ele me olhou e olhou para as roupas nos meus braços.

- Para onde está levando isso? - Perguntou.

- Eu preciso de um banho e como não tenho roupa, vou usar essas mesmo.

- Se já te acham estranha com essa roupa aí, imagina o que vão pensar se te virem com a roupa do Samuel.

- O que tem de errado com a minha roupa?

- Ela é estranha. E onde já se viu, uma mulher de calças? Isso só poderia ter saído da sua cabeça maluca mesmo.

- Maluco é você. Sabe onde eu posso tomar banho sem ser vista por todos?

- Sei. Acabei de vir de lá. Eu te levo.

- Obrigada.

- Espera um pouco.

Ele entra na cabana de Samuel e volta com algo na mão que parecia um tipo de galho.

- Para os dentes. - Ele disse.

Peguei o galho. Estava feliz que ia poder escovar os dentes.

- Está dizendo que eu estou com mau hálito? - Perguntei brincando.

- Você que disse isso, não eu. - Ele responde rindo. - Venha.

Ele me leva até um local bem distante.

- Só seguir em frente e você vai ver o rio. Eu vou ficar sentado aqui e você pode gritar se acontecer alguma coisa que eu vou correndo.

- Obrigada.

- Vá lá. Ninguém está aguentando mais o seu cheiro.

Eu olhei para ele indignada.

- Está dizendo que eu estou fedendo? - Perguntei e ele riu da minha cara.

Ele era muito idiota.

Samuel não estava reclamando, mas mesmo que reclamasse eu não ia entender. De qualquer forma, ele nunca me dizia nada mesmo.

Fui na direção que ele falou e cheguei ao rio. Olhei em volta e eu vi que não estava sozinha. Samuel estava dentro da água. Era a primeira vez que eu o via sem camisa e os músculos dele ficavam mais evidentes quando ele passava a mão no cabelo para tirar o excesso de água. Ele se virou para sair da água e eu me escondi atrás de uma árvore para ele não me ver.

Mundos Opostos - Perdida (Sem Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora