Capítulo 30

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O capítulo possui 1930 palavras

Quando cheguei ao salão eu pude ver a quantidade pessoas que realmente estava no palácio. Eram menos pessoas do que eu imaginava e isso fez com que eu me sentisse um pouco menos nervosa. Só um pouco menos. Algumas pessoas vieram falar comigo, mas nenhum tocou no assunto "filha perdida reaparece". Estava tudo bem até os senhores sérios virem e começarem a dar indiretas sobre ter o direito ou não de estar ali. Felizmente, Samuel me salvou deles e apareceu dizendo que eu precisava estar em outro lugar porque o meu pai estava me chamando. O que foi um alívio.

- Você me salvou outra vez. - Falei para ele. - Não sabia mais o que dizer.

- Eu disse que ia te salvar sempre que precisasse não foi? - Ele respondeu e sorriu. - Eu cumpro as minhas promessas.

Ele olhou para o colar e depois para mim.

-Você está linda. - Ele disse e olhou para o vestido. - Eu gosto de verde.

- Eu sei. - Respondi e ri junto com ele.

- Gostou do colar? - Ele perguntou.

- Eu amei. - Falei. - Foi um dos melhores presentes que eu já ganhei.

- Fico feliz. Desculpa não ter passado mais tempo com você. Eu estive bem ocupado esse dias.

- Eu sei muito bem. Não precisa justificar nada. Eu não estou chateada. Senti sua falta, mas entendo as suas preocupações. Elas são as minhas também.

- Quando tudo isso acabar a gente devia ir viajar. - Ele falou e segurou a minha mão. - O que acha de sair para conhecer esse mundo.

- Eu ia amar.

- Vocês são tão doces. - Disse París perto de nós. - Acho que vou voltar para casa com cáries.

Eu ri. Nem tinha visto ele se aproximar. París e sua dose de implicância diária. Se ele não falasse algo do tipo ou ele estaria doente ou trocaram ele com alguém do meu mundo.

- Você deveria fazer o mesmo com a Sabrina. - Falei. - Aliás, onde ela está?

- Hoje ela não veio. - Ele respondeu sério. - Na próxima eu a trago com certeza.

Eu entendia o que ele queria dizer. Não seria bom colocá-la em uma situação de perigo, como é hoje. Eu já sabia disso, mas ainda não me sentia pronta para encarar essa situação. Se eu tivesse sorte, hoje mesmo os planos da outra Kátia seriam frustrados e ela seria presa, assim eu poderia viver tranquila.

Ficamos conversando mais um pouco até que Samuel ficou estranho e disse que precisa resolver alguma coisa. Ele deixou Páris comigo para me proteger caso algo acontecesse e saiu. Algumas pessoas se aproximaram e conversaram um pouco comigo, mas depois de um tempo elas iam comer, beber e dançar. A dança daqui eram como as danças que você vê em filmes de época, e era tudo muito sincronizado. Eles pareciam saber os passos um do outro mesmo sem ter ensaiado nada.

Depois de um tempo eu escutei um burburinho e olhei para a porta. Dois homens vestidos com roupas pretas de gala entraram no salão de festa. Um deles, que estava mais atrás, me lembrava muito o Páris, só que mais velho. Será que era parente dele? O outro era um homem de uns 30 anos, cabelo preto, olhos azuis e com a barba curta.

- Quem são eles? - Perguntei a Páris.

- O da frente é o primeiro rei Henrique, e o outro........

Percebi que ele não queria tocar no assunto e isso meio que confirmava a teoria de eles serem parentes ou algo do tipo. Se ele não queria falar não seria eu a insistir.

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