Kátia, ou Kat para os mais próximos, descobriu que a mais sobre o mundo do que ela conhecia. Na verdade, ela descobriu que existiam outros mundos. Como ela descobriu isso? Bom..... um belo dia ela foi dormir em sua cama macia e com lençóis macios e...
Aquela floresta era enorme e densa, e nesse momento eu me deparei com um grande problema.
Eu não sabia onde eu estava.
Eu pensei que o anel me levaria para onde Cícera estava, mas não foi o que aconteceu. Eu estou em uma floresta estranha e eu não sei para onde ir. Enquanto isso, as pessoas comigo esperavam que eu tivesse uma resposta e as levassem na direção certa. Então, como eu explicava que eu não sabia o que fazer e nem em que direção ir.
- Essa floresta parece enorme. - Disse Gisele.
- O quanto já andamos? - Perguntou Ana. - Eu estou cansada já.
Era melhor que eu confessasse que não sabia onde estávamos.
Eu suspirei.
- Eu não...... - Comecei a falar, mas fui cortada no meio da frase.
- Silêncio. - Disse Samuel com tom baixo o suficiente para apenas nós escutarmos.
Nós nos aproximamos dele e nos escondemos atrás de uma árvore de tronco largo. Eu tentei ver o que ele estava olhando e vi um homem com um uniforme verde andando pela floresta. Eu não o reconheci como alguém que trabalhava para o meu pai, mas não podia garantir que não era. Mesmo assim, era estranho ele estar aqui. O que ele estaria fazendo no meio da floresta? O palácio real nem estava visível e muito menos a cidade e eu seu muro enorme, isso só me fazia acreditar que ele era aliado do inimigo. Samuel me olhou como se me perguntasse se eu o conhecia e eu balancei a cabeça que não.
- Fiquem aqui. - Ele disse e foi andando devagar até o homem, que agora estava virado para a direção contrária a que estávamos.
Acho que ele tinha escutado algo, mas quando ficamos quietos ele pensou que era algum animal na floresta. Samuel foi andando lentamente até o homem, mas de alguma forma o homem percebeu sua presença e virou para ele enquanto puxava sua espada. Ele se surpreendeu ao olhar para ele, mas isso não o impediu de ir ao ataque. Samuel puxou sua arma da cintura e atirou no homem. Como a arma tinha um silenciador, o barulho mais alto ouvido foi o grunhido do homem e sua queda. Samuel havia acertado o ombro dele.
Segundos depois algo, ou melhor, alguém passou correndo do lado do Samuel e parou ao lado do homem caído.
- Sabia que tinha sentido o cheiro de sangue inimigo. - Disse o homem que tinha o pé na garganta do homem caído e enquanto esse homem sufocava.
O homem que tinha aparecido era alto magro e seu cabelo da altura dos ombros era loiro e mesclado com algumas manchas pretas, além de vestir roupas pretas. Ele não parecia preocupado com a nossa presença enquanto o homem morria. Assim que o homem deu seus últimos suspiros, ele se virou para nós. Ele os olhava com curiosidade, com seus olhos dourados, e se aproximava devagar. Era quase como se ele fosse um grande caçador e nós a presa. Ele estava decidindo se ia atrás de nós ou não.
Porém, sem nenhuma razão aparente, ele parou e voltou alguns passos. Instantes depois, uma garota aparece correndo pela floresta, toda vestida de preto e com um capuz que escondia boa parte do seu rosto, e ela parou perto de nós sem dizer nada.
- Então, - Disse o homem. - posso matar esses?
Samuel mirou a arma para o homem e eu e Gisele fizemos o mesmo para a garota. Ana deixou a arma dela perto, mas não a moveu para ninguém.
A garota sorriu.
- Esses não Erick, esses são do Sammy. - Ela disse. - Podem seguir em frente.
O homem foi embora tão rápido que, entre nós, ninguém teve qualquer reação. E mais uma pessoa que eu nem tinha notado que estava ali foi atrás dele.
- O..... O que foi isso? - Ana perguntou assustada.
- O Erick é meio guepardo. - A garota disse.
- Como assim meio guepardo? - Disse Gisele confusa.
- Que mundo doido é esse. - Disse Ana.
Foi aí que caiu a ficha. Eu expliquei para elas as coisas que aconteceram comigo aqui, mas não sobre as mutações animais dos semi-humanos. Isso deve ser bem chocante para elas, apesar de ser um pouco para mim também, ainda é muito surreal quando se olha para eles. Não é algo que se vê em nosso mundo.
- Eu esqueci de falar sobre isso para vocês. - Fiquei preocupada.
- Como se esquece disso? - Gisele perguntou.
- Desculpa. - Respondi.
- Pelo seu cheiro, eu suponho que seja a Kátia. - Disse a garota me olhando.
- Sim, sou eu. - Falei.
A garota puxou o capuz e eu vi seu cabelo loiro e orelhas que pareciam a de um lobo.
- Eu sou a Laura. - Ela disse. - Eu estou feliz em conhecer a garota do Sammy finalmente.
Os olhos dela brilhavam e eu me lembrei do nome, era a semi-humana que Samuel havia cuidado. Eu estava a conhecendo finalmente. Ela era tão fofa e eu me perguntava como alguém teria coragem de fazer mal a ela.
- Então você é a Laura? - Falei. - Eu também estava querendo te conhecer. Ouvir muito falar de você. Onde está o Samuel.
- Ah. Ele está........ - Ela olha para o outro Samuel ao nosso lado e virou as orelhas. - Aqui? Mas ele cheira estranho.
- Não. - Eu disse e ri. - Ele é alguém do meu mundo. Um amigo.
A boca dela se abriu em descrença.
- É igualzinho. - Ela disse.
Nós rimos da situação.
- Certo. - Ela disse uns segundos depois e balançou a cabeça. - Sammy foi com o Lobo e o rei para encontrar a sua mãe. Estamos eliminando os inimigos da floresta para que eles não fiquem cercados.
- Minha mãe? - Falei. - Onde ela está?
Os outros também se aproximaram para ouvir, enquanto Laura explicava o que eles planejavam fazer e para onde estavam indo. A explicação foi rápida, mas deu para entender o que eles fariam. Eu achei muito interessante, apesar de não concordar com algumas coisas. Porém eu entendia que com o que tínhamos era o melhor a ser feito.
Laura nos mostrou o caminho em um ritmo que nós podíamos acompanhar. O ponto de encontro que eles marcaram não era muito longe de onde estávamos, mas quando chegamos lá uma batalha já havia se iniciado.
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