Capítulo 55

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O capítulo possui 892 palavras

Maycon

Depois que eu saí da casa da vovó eu passei por situações bem complicadas para encobrir o rastro dos meus pais e evitar que quem estivesse nos perseguindo chegasse em Páris. Tudo que eu sabia dos nossos perseguidores era que eles provavelmente eram de Sianurab e que eles me queriam para seus experimentos. Então eu tinha que achá-los primeiro. E tinha que evitar ser reconhecido.

Trabalhei em alguns lugares e juntei dinheiro. Mudei meu cabelo e visual, enquanto procurava por pistas de pessoas de Sianurab que estivessem em Igminar. Foi então que eu conheci uma gangue que fazia trabalhos sujos na cidade. A polícia tentava prendê-los, mas eles sempre estavam fugindo e mudando de lugar. Então não era fácil achá-los.

Um dia eu tive sorte ou azar, dependendo de como veja, e consegui encontrá-los. Eu estava indo para uma cidade onde ouvi que tinha chegado um grupo de pessoas estranhas que matavam pessoas por dinheiro. Todos estavam com muito medo deles.

Peguei carona com um homem que ia para a cidade, mas no meio do caminho a roda da carroça dele soltou e ele disse que demoraria até que passasse alguém para ajudá-lo e me mostrou o caminho para a cidade. Eu decidi cortar caminho pela floresta, na esperança de chegar lá antes que eles saíssem da cidade. Porém, eu encontrei um deles bem no meu caminho. Uma mulher com aproximadamente 26 anos executou um cara bem na minha frente naquela floresta. Ela usava uma espada e cortou a cabeça do homem fora.

Eu não conseguia me mexer, meu choque foi tão grande que eu não fiz nada, apenas olhava para o homem sem cabeça caído a minha frente. Uma vontade de vomitar subiu pela minha garganta com o cheiro de sangue e eu vomitei ao lado de uma árvore que estava perto de mim.

- Coitadinho. - Disse a mulher. - Ele não tem estômago pra isso, não é?

Quando eu me senti um pouco melhor eu a olhei e ela apontou a espada para mim. Meu coração batia forte. Ela ia me matar também?

- Você. - Ela falou.

Eu estava tremendo. Eu dizia para o meu corpo parar, mas ele não obedecia.

Droga. Eu vou morrer aqui mesmo?

- Você é interessante. - Ela completou.

Engoli em seco.

- O que? - Perguntei e ela sorriu.

Eu senti meu sangue gelar.

- Você é o primeiro homem que não saiu correndo depois de me ver. - Ela disse. - Geralmente, eles saem gritando e correndo, é irritante. Você pareceu chocado e até vomitou, mas como você não esperava, eu posso perdoar isso, e esse homem é realmente nojento.

Ela torce o nariz e eu fico confuso.

Ela vai me deixar vivo.

Ela embainha a espada e diz:

- Você vem comigo.

- Você vai me matar? - Pergunto e minha voz sai meio vazia.

Ela vira a cabeça de lado.

- Se eu quisesse te matar eu já teria feito isso, não acha? - Respondeu. - Você pode ser bonito, mas não é muito inteligente, não é? Mas deve ter sido o choque. - Ela balançou a mão me chamando. - Vamos, vamos. Eu não tenho o dia todo.

Será que ela sabe quem eu sou? Será que quer me levar para Sianurab?

- Porque quer que eu vá com você? - Perguntei.

Ela suspira.

- Você não ouviu que te achei interessante? - Ela disse sorrindo. - Pode ser um pouco fraco, mas é um bichinho interessante. Olhando para você acredito que posso te deixar forte em pouco tempo. Vai ser um grande acréscimo ao nosso grupo. Como somos criminosos eu não costumo aceitar não. Se quiser viver é melhor fazer logo o que mandei. Eu sou conhecida por não ter muita paciência, posso mudar de ideia sobre você.

Eu me forço a levantar e segui-la.

Ela passa o caminho inteiro tagarelando sobre como ela odeia o clima do país e sente falta do clima mais quente de seu país.

- Já estou cansada de morar aqui, sabe, mas se não completarmos a missão não podemos voltar a Sianurab. - Ela disse. - Que saco, eu sinto falta das comidas de lá também. Minha mãe fazia o melhor ensopado. Tudo porque eles querem o ratinho de laboratório deles de volta. O que eu tenho a ver com isso? Mas não dá pra recusar uma solicitação de um rei. Sabe como é, né?

Eu fechei a minha mão e apertei com força. Eu não podia lutar com ela, mas estava furioso.

- Não tem medo que eu conte isso a alguém? - Perguntei, controlando a minha voz para não demonstrar minha raiva.

- A quem você contaria? - Ela falou confiante sem me olhar. - Você é meu bichinho, não vou te deixar ir. Então, nem pense em fugir.

Aquela mulher era muito estranha. Eu tinha me recuperado do nosso primeiro encontro e ela tinha razão, eu não fugiria. Eu acabaria com eles quando tivesse a chance, e eles pagariam pelo que fizeram com a minha família.

Quando ela me olhou eu sorri, ela mal sabia que ia usar tudo que pudesse contra eles. Eu descobriria tudo sobre eles e o que faziam e então destruiria um por um, incluindo o rei de Sianurab.

 Eu descobriria tudo sobre eles e o que faziam e então destruiria um por um, incluindo o rei de Sianurab

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