Capítulo 27

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O capítulo possui 869 palavras

Bônus Samuel

Saí do palácio para encontrar Páris. Eu precisava saber o que ele tinha descoberto. Esperava que não fosse nada ruim. Eu me preparei para tudo que eu pensava que podia acontecer, mas as palavras de Lobo sobre o impossível acontecer ainda estavam na minha mente. Não podia deixar nada de mal acontecer a minha família.

- O que você descobriu? - Perguntei quando encontrei Páris.

- Tenho alguns suspeitos. Três dos seus homens andam demais com Hannibal, os mesmos de sempre, os outros homens parecem não gostar deles, mas não sei até onde isso é verdade. Relatei algumas informações falsas entre eles e pedi sigilo para todos. Saberemos quem é quando e se formos traídos.

- E como anda Hannibal?

- Coloquei um homem de confiança para segui-lo e soube que ele se encontrou com o antigo organizador da festa. Aquele que a rainha mandou embora. Ele entregou algo a ele. Pode ser os nomes dos convidados ou um mapa do palácio. Quem eu mandei não conseguiu ver o que era.

- Aquele homenzinho abusado realmente não era de confiança. - Falei.

- Sim. - Respondeu

- Você mandou um dos meus homens atrás do Hannibal?

- Não. Foi outra pessoa.

Ele desviou os olhos e eu sabia o que isso significava. Por isso não perguntei mais nada. Ele tinha pedido ao irmão para fazer isso. O irmão dele trabalhava para o primeiro rei, mas antes ele era um criminoso. París chegou até a prendê-lo uma vez. Não sabia direito como ele tinha acabado trabalhando para o primeiro rei, mas sabia que Páris não gostava de falar no assunto.

- Entendo. - Respondi. - Ainda temos muito o que falar sobre a segurança, mas fazemos isso amanhã. Conte-me agora se você fez o que pedi e treinou a Kátia.

- Claro que treinei. - Ele disse e riu. - Ela pareceu estranhar que eu não fazia ela sofrer tanto quanto você. Acho que ela está bem melhor comigo a treinando. Quando eu a liberei cedo do treinamento ela quase não acreditou.

- Você foi mole com ela, isso sim. Ela tem que aprender a se defender. Se algo acontecer comigo ela não pode ficar vulnerável.

- Não fala isso. - Páris disse preocupado. - Você é um dos poucos amigos que eu tenho e vai ser o padrinho do meu casamento. Está proibido de morrer. Entendeu?

Eu ri.

- A Sabrina já está sabendo disso? - Perguntei.

- Claro que sim. - Ele disse. - Com quem mais eu casaria? Ela é o amor da minha vida.

- Fico feliz por você amigo.

- E eu vou ficar por você quando se casar com a Kátia.

Eu sorri. Será que ela aceitaria abrir mão da antiga vida dela para viver comigo?

- Tudo bem. - Disse a Páris. - Você vai ter que ser o meu padrinho.

- Claro, quem mais seria? Achei que já era.

Eu ri.

- Você precisa arrumar uma roupa para a festa. Vai vigiar a Kátia. - Falei para ele.

Ele não ia fazer parte da guarda nesse dia, mas precisava de alguém de confiança por perto, todas pessoas que eu pudesse reunir.

- Acha que alguém vai fazer algo ruim com ela? - Ele perguntou.

- Acho que podem tentar invadir a festa.

- Então sem chance da Sabrina ir.

- É melhor não amigo.

Eu me despedi dele, mas não contei o que tinha planejado com os semi-humanos. Se alguém escutasse o plano iria por água abaixo. Apesar de Igminar ser um reino neutro não significava que todas as pessoas do reino eram amigas dos semi-humanos. Ter a ajuda deles para nos proteger poderia gerar atritos com outros reinos e mesmo aqui alguns poderiam se virar contra nós. A situação dos semi-humanos neste mundo nem sempre era boa.

Voltei para o palácio e fui para o meu quarto. Tomei um banho e vesti uma roupa limpa antes de ir para o quarto ao lado. Olhei para dentro do meu guarda roupa e vi aqueles desenhos esquisitos de um cavalo com um chifre no meio da testa. Como ela tinha chamado aquilo mesmo? Peguei a roupa e olhei. Não era nada como o que a gente usava aqui, era diferente e inesperado, como era a Kátia.

Ainda tenho que devolver a roupa para ela. A roupa tinha sido lavada junto com todas as minhas roupas quando voltei com Kátia para o palácio. O grupo que faz a limpeza não fez perguntas, apenas lavou e colocou no meu guarda roupa. Depois que eu vi a roupa, simplesmente a deixei onde estava, eu não consegui devolver, em jogar fora, mesmo que ela estivesse um pouco rasgada. Eu ainda devolveria para ela, mas não agora.

Saí do meu quarto e me dirigi para o da Kátia. Ela devia estar muito cansada, porque não me viu entrar nem deitar ao lado dela. Eu a puxei para mais perto e ela me abraçou. Escutei ela falar alguma coisa, mas não consegui entender nada do que ela disse. Sorri e fiquei feliz por ela simplesmente estar ali. Faria o máximo para protegê-la. Tudo que estivesse ao meu alcance. 

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