Capítulo 19

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O capítulo possui 1854 palavras

Bônus Gisele

Enquanto isso no outro mundo.........

A Kátia nunca esteve tão estranha. Já ia fazer um mês que ela não falava comigo ou aparecia no trabalho e eu não sabia porque. Ela nunca parou de falar comigo desde a primeira vez que sentamos juntas no intervalo da escola no fundamental e em nossa brigas nunca demoramos mais do que uma hora para que fizéssemos as pazes. Porém, agora, ela não sai do apartamento e quando tento falar com ela, ela simplesmente me manda embora.

O que será que eu fiz?

Isso era tão angustiante. Porque a minha melhor amiga no mundo estava virando as costas para mim. Ela era como uma irmã e eu........ eu simplesmente tinha perdido uma das pessoas mais importantes da minha vida sem nem saber porque.

No trabalho as pessoas me perguntavam dela e eu não sabia o que dizer. Inventei uma história de que ela estava muito doente de uma doença muito contagiosa e por isso estava em casa em repouso. Mas não faria mais isso por ela se ela ia continuar agindo assim.

Para mim já basta. Eu ia encará-la nem que fosse a força e fazê-la falar o que tinha acontecido para ela agir desse jeito. Cheguei em casa do trabalho, tomei um banho e vesti uma roupa limpa. Depois peguei a chave reserva que eu tinha do apartamento da Kátia e fui até lá. Não bati na porta, nem pedi permissão para entrar, assim que a fechadura abriu eu fui entrando.

Kátia estava usando pijama, sentada no sofá, comendo pizza e me olhou com muita raiva assim que eu entrei. O que estava acontecendo com ela?

Olhei em volta e a casa estava uma bagunça. Tinham coisas espalhadas por todo lado e um mapa esquisito na mesa de centro. A Kátia sempre foi atrapalhada e às vezes fazia bagunça, mas nunca era tão descuidada assim com as próprias coisas.

- O que aconteceu com você Kat? - Falei irritada, mas na verdade eu estava desesperada. - Fala logo qual é o problema.

- Aconteceu que você se meteu onde não é chamada. - Ela respondeu.

Eu não queria, mas eu sentia aquelas palavras me cortando como se fossem feitas de aço. Quando ela ficou tão cruel? Será que eu não era nada para ela? Achei que nossa amizade iria durar para sempre, mas pelo visto eu me enganei. Senti lágrimas se formando nos meus olhos e pisquei bem rápido para elas sumirem. Eu não iria chorar.

- Achei que você ia chorar. - Disse Kátia rindo. - Mas você até que é bem resistente. Bem diferente da Gisele que eu conheço. Será que está só esperando para ir chorar em casa?

Kátia me olhou pensativa e eu também a olhei. Como assim eu sou diferente da Gisele que ela conhece? Ela conhece outra? Além disso, a Kátia que eu conheço não tem aqueles olhos frios e sem vida que faziam meu corpo inteiro tremer. A pessoa na minha frente não era a minha amiga. Havia algo de muito errado aqui.

Sentia que eu estava em perigo. Será que existem mesmo aliens e eles tomaram o corpo da minha amiga? Podia ser algo como aquele filme, a hospedeira, que aliens pegam os corpos dos humanos. No caso da Kátia, ela deve ter sido pega por um alien barra pesada.

Dou alguns passos para trás devagar. Não dei as costas para ela porque pensei que eu podia acabar sendo assassinada. A faca que estava dentro da caixa de pizza parecia ser bem afiada e eu não estava querendo testar o corte dela. Sai do apartamento, fechei a porta e corri para o meu apartamento. Passei a chave na porta e as duas tranças extras que, por sorte, eu tinha colocado nela.

Peguei o celular e liguei para Fabiana. A mãe da Kátia era a única pessoa que podia fazer a Kátia voltar ao normal. Na primeira vez que eu liguei, ela não atendeu e isso me deixou mais ansiosa. Eu esperei mais um pouco e então liguei novamente.

Mundos Opostos - Perdida (Sem Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora