Capítulo 20

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O capítulo possui 1903 palavras

Eu devia ter adivinhado que Samuel ia pegar pesado com esse treinamento. Não existe um músculo meu que não estivesse doendo, até os músculos que eu nem lembrava que existiam. A minha vida de sedentária estava cobrando seu preço. Todos os exercícios que eu não fiz até hoje foram compensados pelo treinamento de Samuel.

Eu corri até não aguentar mais e ele ainda me fez lutar com ele depois. Eu não vou nem mencionar a minha humilhação. Eu já não aguentava mais e ele estava me olhando como se perguntasse porque eu estava tão cansada.

- Estamos só começando. Se você parar agora vai ter um efeito negativo no seu treinamento. Vamos mais devagar. - Foi o que ele me disse quando eu pedi para descansar por vinte minutos.

Depois disso ele me ensinou como usar uma faca e os pontos vitais para que uma pessoa seja incapacitada. Ele disse incapacitada, mas deveria ter dito morta, porque eu sabia que cortando um desses pontos que ele me ensinou a pessoa cairia e não levantaria mais. Eu era uma médica afinal, sabia o que aconteceria. Pensei que se a minha vida ou das pessoas que eu amo eu teria coragem para realmente fazer o que ele me ensinou, mas eu não sabia se isso era mesmo verdade. Tudo eu quis aprender como médica foi para salvar a vida das pessoas e não tirar, mas considerando a situação que eu estava era muito provável que algum dos meus motivos sobrepujassem o outro.

Quando finalmente fui liberada eu só lembro de tomar um banho e depois cair na cama, apagando logo em seguida. Eu estava completamente cansada.

No dia seguinte eu desejei não ter pedido nada a Samuel

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No dia seguinte eu desejei não ter pedido nada a Samuel. Apostava que as galinhas nem tinham acordado ainda quando ele veio me chamar. Eu parecia mais um personagem de The Walking Dead, e não estava me referindo aos vivos, do que uma pessoa normal. Eu me arrastei até o banheiro de olhos fechado e quase dormi de novo lá mesmo.

O banho frio me ajudou a acordar, mas eu ainda me sentia sonolenta e cansaço persistia. Nem quando eu fazia plantão no hospital e me sentia tão derrotada. Pelo menos depois do plantão eu podia dormir quanto eu quisesse.

Meu corpo ainda estava dolorido e eu sentia como se um trator tivesse passado por cima de mim. Perguntei a Samuel se podíamos fazer uma pausa naquele dia porque eu me sentia muito cansada, mas ele apenas respondeu que meu corpo ainda estava se adaptando aos treinamentos e se eu parasse não ia conseguir desenvolver minha habilidades a tempo para a festa.

Eu não precisava ficar tão forte tão rápido. Precisava?

Com toda a segurança que existia aqui será que alguma coisa aconteceria?

Como fui eu quem pediu para ser treinada achava melhor não discutir com ele. Não era tão fraca a ponto de voltar atrás com o meu pedido, mas gostaria de sofrer um pouco menos. Se ele achava que essa era a melhor forma, então era porque provavelmente era.

Mundos Opostos - Perdida (Sem Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora