Capítulo 32

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O capítulo possui 2382 palavras

Acordei com o barulho do cavalo correndo pela noite. Eu estava enjoada e queria fugir dali. Estava jogada por cima do cavalo e conseguia ver o chão passando rápido demais a minha frente. Os homens gritavam coisas que eu não entendia. Tanto pelo idioma como pelo vento. Eu sabia poucas palavras daquilo e era alguma coisa sobre fugir de algum lobo, ou algo assim. Não sabia bem.

Queria escapar e cogitei me jogar daquele cavalo antes que percebessem que eu tinha acordado, mas seria idiota e eu provavelmente morria. Se não da queda, seria por ser pisoteada pelo vários cavalos que vinham atrás de nós. O sol já estava dando sinais de que ia nascer e já devíamos estar longe do palácio a tempos. Será que a outra Kátia estava com a minha família? Eu torcia com todas as forças que não.

Escutei uma voz respondendo às perguntas dos outros e me lembrei de quem tinha me tirado do palácio. Hannibal. Senti meu sangue gelar é uma vontade enorme de correr dali. Entrei em pânico e comecei a me mexer. Ele percebeu o que eu estava fazendo e me segurou. Olhe para ele com raiva e tentei parecer que não estava tremendo por dentro. Ainda me lembrava que ele quase tinha me matado. Se não fosse por Samuel eu não estaria viva. Samuel devia estar preocupado agora.

Hannibal sorriu para mim e eu me arrependi de ter me sentido segura por estar no palácio e ter parado de me preocupar que fariam algo comigo. Eu estava errada e essa era a prova. Eu devia ter me preparado mais, mas achei que ele desapareceria da minha vida já que agora eu era uma princesa, mas foi apenas uma ilusão.

Meu corpo inteiro estava dolorido e eu não podia sequer me mexer naquela posição desconfortável. Eu estava com medo. Será que ele ia me matar? Eu não queria morrer. Eu sabia que todo mundo vai morrer um dia, mas não precisa ser hoje o meu dia.

Se eu fosse muito otimista eu diria que ele não vai me matar, já que ele teria feito isso lá no palácio se esse fosse o objetivo. Eu ainda estou viva, então isso deve significar que eles precisam de mim viva, pelo menos por enquanto.

Seja lá o que acontecer, eu só tenho a certeza de que eu vou arrumar um jeito de consertar tudo isso.

Eu vi que tínhamos entrado em uma cidade, mas eu não consegui identificar mais nada

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Eu vi que tínhamos entrado em uma cidade, mas eu não consegui identificar mais nada. Saímos da floresta e passamos por muros altos e depois disso eles me cobriram com algum lençol e não pude ver mais nada. Acho que eles queriam disfarçar que estavam sequestrando alguém ao entrar na cidade.

Estava um dia quente, eu estava ficando sufocada debaixo daquele pano, mas aguentei como deu. Eu estava suja e empoeirada, estava com fome e cansada. Eu já não tinha forças para lutar quando me tiraram tiraram do cavalo e me arrastaram para dentro de um galpão com aparência de abandonado. Também não tinha ninguém por perto para que eu pudesse gritar e pedir socorro, e se tivesse, muito provavelmente era alguém que fazia parte dos planos deles.

Vendo pelo lado positivo o lugar estava limpo e depois de amarrarem minhas mãos à uma barra de ferro em uma dos lados do galpão, colocaram um colchonete no chão e me ofereceram água e comida. A situação está ruim, mas sempre pode ficar pior, então vou agradecer pelo que eu pude ter enquanto penso em um plano para escapar daqui.

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