Mundos Opostos - Perdida (Sem Revisão)

Capítulo 18

O capítulo possui 1863 palavras

Quando eu acordei ainda estava chovendo e Samuel já tinha ido embora. Pelo menos não tinha trovões. Tremia só de lembrar daqueles barulhos assustadores. Levantei e fui tomar banho. A água fria caia no meu corpo como se fosse gelo e me fazia tremer inteira. Eu sentia saudades de um banho quente, mas era o que tinha ali. Saí do banheiro o mais rápido possível e depois me enxuguei. Eu ainda tremia um pouco e isso vesti a roupa mais quente que eu achei. Um vestido amarelo, bem simples, mas era todo forrado por dentro, o que fazia ele ser mais quente do que os que eu estava acostumada.

Depois de pronta eu saí em busca da coisa mais preciosa da vida. Traduzindo: Fui atrás de comida. Eu acordei um pouco tarde hoje e por isso eu fui procurar o alimento direto na fonte. Quando cheguei na cozinha encontrei várias mulheres e homens falando alto ao mesmo tempo.

O que estava acontecendo ali?

Gisele e Ana estavam juntas e separadas do resto das pessoas. Rindo da situação toda. Não devia ser nada sério se elas estavam tão tranquilas.

- O que está acontecendo aqui? - Perguntei a elas.

- Estão discutindo a comida para sua festa princesa. - Disse Gisele, achando graça da situação.

Eu bufei de um jeito nada elegante.

- Precisa de tanta agressividade para isso? - Perguntei.

- Geralmente não. - Responde Ana, falando baixo. - Mas parece que o organizador tem exigências demais com relação ao que pode ou não ser servido.

- Na minha humilde opinião. - Disse Gisele. - Ele está muito preocupado com como os outros lugares vão em encarar nosso país. Devíamos apenas mostrar o melhor de nós mesmos ao invés de fingirmos que somos outro lugar.

- Ei você. - Disse um homem nervoso para Gisele. - Ninguém pediu a sua opinião.

Qual era o problema com ele? O senhor baixinho parecia muito furioso. Ele é o organizador da festa? A rainha não ia cuidar disso?

- Eu pedi. - Respondi antes que pudesse segurar a minha língua.

Gisele deu um sorriso pra mim e levantou uma sobrancelha. Mais uma que me acha doida. Não que ela tenha motivos para não achar.

- E você, quem é? - Ele me pergunta.

Eu andei até ele e falei:

- Sou Kátia Aguilar Matamoros,princesa de Milacente. O senhor tem algum problema com a minha opinião?

O homem deu um passo para trás e parecia envergonhado.

- Desculpe-me alteza. - Ele disse.

- Tem certeza que é para mim que o senhor deve pedir desculpas?

Ele me olhava com os olhos assustados e começou a gaguejar.

- Eu... eu... Sinto muito pelo estresse que causei. Tenho.... certeza..... que podemos chegar a um acordo..... sobre o que será servido na festa.

- Tenho certeza que sim. - Concordei com ele.

O homem irritado foi embora, mas não sem antes me lançar um olhar tão gelado que me fez sentir calafrios e me deixou com uma coisa ruim. Depois disso eu não consegui pensar em comida, me sentia enjoada.

Fui procurar a rainha e a encontrei no salão de baile. Ela estava falando com uma mulher sobre a decoração e não percebeu quando eu cheguei. A mulher que estava com ela avisou que eu estava perto e por isso Cícera finalmente me viu. Ela terminou seus assuntos com a mulher e foi até onde eu estava.