O capítulo possui 900 palavras
Kátia
Minha cabeça doía e eu me sentia enjoada, mas estava deitada em algo macio. Então, olhando pelo lado positivo, minha situação não era de todo ruim. Abri os olhos lentamente. A luz estava vindo de algum lugar e me cegava, além de fazer minha cabeça doer mais.
Fiquei mais um tempo de olhos fechados. Eu não escutava nenhum barulho então não devia ter alguém por perto, mas achei melhor continuar de olhos fechados e fingir que estava ainda desacordada para o caso de alguém checar.
Eu precisava colocar a cabeça no lugar um pouco. Pelo que eu entendi a outra Kátia tem um grande rancor do meu pai, porque o bisavô dela perdeu o trono para a família do meu pai e ela parece ser alguém louca o bastante para não temer nada, fazendo tudo para alcançar seus objetivos. Isso significa que seja lá o que ela planeja a partir de agora vai prejudicar minha família e ela não vai parar até conseguir o que quer.
O real problema é que eu não sei qual é o plano dela agora, só o que ela pretende. O lugar em que estávamos foi atacado e eu não consegui escapar. Eu não sei o que aconteceu com Samuel e os outros.
Será que eles estão bem?
E se eles não estão?
É tudo culpa minha.
Não.
Melhor não pensar nisso agora.
Respirei fundo e abri lentamente os olhos fui me acostumando aos poucos com a luminosidade do local. Mas nesse momento escutei um barulho de porta sendo aberta e fechei os olhos novamente e fechei os olhos.
- Você vai mesmo entrar aí? - Escutei uma voz feminina familiar falar, mas não conseguia definir de quem era. - E se ela estiver aí dentro?
- Faz tempo que ela não aparece. - Disse outra pessoa. - Eu tenho que terminar de arrumar tudo por aqui para quando ela voltar.
Não podia ser.
Me levantei tão rápido que quase cai no chão com uma leve tontura.
- GISELE. - Gritei.
Eu tinha certeza. Aquela voz. Era a voz da minha amiga. Meu coração batia rápido. Eu senti tanta falta dela.
Eu me levantei e corri sem nem olhar para os lados. E lá estava ela. Ela me olhava em choque. Os olhos dela estavam maiores e a boca um pouco aberta. Ela também parecia não acreditar que eu estava lá.
Eu praticamente pulei nela quando passei meu braços em volta do seu pescoço e apertei ela contra mim. Lágrimas escorriam pelo meu rosto. Eu não conseguia pensar em mais nada além de que finalmente encontrei minha amiga novamente.
- Gisele. Gisele, é você? - Perguntei.
- Kátia. Você está..... - Gisele começou.
- Eu tive tanto medo..... - Falei. - Eu pensei que não te veria novamente.
- Espera, você..... Eu não.......
- Você tinha ficado má comigo, mas depois ficou boa, mas não era você e eu sentia falta de você. - Eu falava bem rápido. - Mas está aqui agora, então tudo bem.
- ..... não consigo respirar.
- O quê? - Falei, soltando ela.
Ela virou o rosto e tossiu um pouco e respirou fundo.
- Gisele. - Falei preocupada. - O que você tem? Está doente?
- Você que quase me mata, sua louca. - Ela disse.
- O quê? Eu? - Eu disse, mas depois lembrei que estava apertando ela com muita força. - Ah.......
Nós nos encaramos por dez segundos antes de cair na risada. Ela tossiu um pouco ainda enquanto se recuperava do meu ataque e quando estávamos mais calmas fomos conversar melhor. Eu percebi que tinha voltado para a minha casa. Eu não sabia se a outra Kátia tinha me deixado ir ou estava esperando uma oportunidade para me usar de novo. Mas apostava as minhas fichas na segunda opção.
Eu me surpreendi ao ver Ana na minha casa. Mas não falei nada. Eu já tinha decidido que não brigaria mais com ela. Depois do que eu passei eu percebi que isso não tinha mais sentido essa implicância. Ana parecia insegura sobre como agir comigo, mas eu também me sentia da mesma forma, então a entendia. Parece que nós duas mudamos nesse tempo longe uma da outra. Porém, não era só isso, havia algo estranho no olhar de Ana, mas eu não sabia dizer o que era.
- O que aconteceu aqui enquanto eu estava fora? - Perguntei.
- Tinha uma mulher aqui na sua casa que parecia muito com você, mas agia de forma totalmente diferente e eu dei uma desculpa lá no hospital para te afastarem por um tempo, então não precisa se preocupar com isso. - Respondeu Gisele.
- Aquela Kátia. - Falei temerosa. - Ela fez algo com vocês?
- Bom, - Disse Gisele. - ela se mantinha afastada, mas nós fomos atrás de informações sobre ela, porque queríamos saber onde você estava, por isso, eu acho que.....
- O quê? - Pressionei Gisele a terminar.
- Fabiana desapareceu. - Ana falou. - Procuramos por todo lugar, mas não a encontramos.
Droga. Eu já esperava que ela fosse fazer algo, mas não achei que ela usaria a minha mãe. Eu sentia uma grande raiva por aquela mulher agora, eu já não gostava dela antes, mas agora era pessoal, ela tinha pego a minha mãe e isso não ia ficar assim.
Espero que tenham gostado.
Deixem comentários, o feedback de vocês é muito importante.
Cliquem na estrelinha se gostarem.
Beijos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mundos Opostos - Perdida (Sem Revisão)
Chick-LitKátia, ou Kat para os mais próximos, descobriu que a mais sobre o mundo do que ela conhecia. Na verdade, ela descobriu que existiam outros mundos. Como ela descobriu isso? Bom..... um belo dia ela foi dormir em sua cama macia e com lençóis macios e...