Capítulo 13

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O capítulo possui 1889 palavras

Acordei sozinha e sabia que tinha acordado tarde também. Levantei da cama e fui cambaleando até a porta. Ainda não tinha acordado completamente e os meus sentidos não estavam muito bons, mas eu consegui chegar a porta do meu quarto sem esbarrar em muita coisa.

Entrei no meu quarto e vi que ele estava uma zona. Tomei um banho primeiro e depois comecei a arrumá-lo. Quando terminei, eu já estava morrendo de fome e por isso fui procurar o que comer. Já devia estar na hora do almoço e eu fui para a sala que sempre fazíamos as refeições. Encontrei todos sentados e comendo. O rei me viu e me pediu para que eu me sentasse.

José nem olhou na minha cara. Nada bom, mas o que eu queria depois do que eu aprontei?

- Como foi ontem? - Perguntou o rei "meu pai". - Soube que saiu para comer fora.

Olhei para Samuel e pelo sorriso dele eu sabia que tinha sido ele a ir fazer a fofoca.

- Foi divertido e a comida era ótima. - Falei.

- Fico feliz que tenha gostado. - Disse o meu pai e depois se virou para Cícera e segurou a mão dela. - A quanto tempo não fazemos isso, meu amor?

- Desde que o Manoel nasceu eu acho. - Respondeu ela.

- Eles já estão criados. - Disse o meu pai. - Acho que poderíamos voltar a sair sem nos preocupar não acha?

- Concordo.

Eles eram tão fofos juntos.

Sorri para a cena na minha frente. O rei beijava a mão da sua rainha e a olhava como se ela fosse o mundo todo dele e a rainha olhava para ele de volta da mesma maneira. Era lindo que duas pessoas pudessem se amar desse jeito.

Comi um pouco e quando José saiu da sala eu fui atrás dele. Que Deus me ajudasse a amansar a fera e que ele me perdoasse. Estava começando a achar a ideia de Samuel de chorar muito boa, tamanho era meu desespero.

É como dizem: "você fez a sua cama, agora deite nela". Estava pronta para aceitar as consequências, ou talvez não estivesse, mas eu procurei por isso.

- José. - Falei antes que ele entrasse no quarto e ele parou. - Vocês se entenderam?

Estava envergonhada, mas tinha que saber o quão chateado comigo ele estava.

- O que pretendia com aquilo Kátia? - Ele perguntou chateado.

- Concertar um erro. - Respondi.

- Não achou que já tinha causado problemas demais?

- Vocês nunca deviam ter se separado. Ela parecia muito triste e eu achei que você estivesse também porque pela forma como ela falava vocês tinham algo especial. Eu não podia tirar isso de você. Foi loucura, mas eu quero que você seja feliz. Quero que fique bem.

Uma lágrima desceu pelo meu rosto e não era porque eu estava fazendo o que Samuel disse. Era apenas porque eu tinha demorado muito para ter meu irmão de volta e quando consegui eu estraguei tudo.

- Por favor, não me odeie. - Pedi.

- Ei. - Ele disse. - Eu fiquei chateado, mas não te odeio.

Ele veio até mim e me abraçou.

- Está tudo bem. - Ele disse.

Não é que chorar tinha funcionado mesmo?

- Vocês estão bem? - Perguntei, enxugando o rosto.

- Sim. - Ele se afastou, me olhou e sorriu. - Não faça isso de novo, mas nós conversamos tudo está esclarecido.

- Vocês voltaram? - Quis ter certeza.

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