Capítulo 21

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O capítulo possui 1792  palavras

Seguimos a cavalo por aquela floresta e chegamos a uma clareira. Samuel desceu do cavalo e depois me ajudou a descer. Ele foi cuidar do cavalo me deixou um pouco sozinha. Eu ainda estava meio dormindo, por isso comecei a andar pelo local.

Se eu estivesse em casa, que lugar seria aquele?

Não sabia nem o nome de três ruas perto da minha casa, eu tinha o google maps para me dizer essas coisas quando precisasse, então não saberia identificar quão perto ou longe aquele lugar seria da minha casa no meu mundo. Eu tenho que descobrir isso também.

Parece que tem muitas coisas que eu não sei mesmo. Não sei ao certo nem quando eu cheguei aqui. Será que foi por pura coincidência ou alguém planejou tudo isso?

Ah. Não.

E se a Kátia daqui estiver na minha casa?

Gisele. Mamãe.

Será que a outra Kátia faria mal a elas?

- Parece que você acordou agora. - Disse Samuel, depois de voltar de onde tinha deixado o cavalo. - O que está deixando você tão agitada?

- Será que a Kátia daqui está na minha casa? - Perguntei apressada. - Ela faria mal a minha família.

Samuel ficou sério e isso mandou um alerta vermelho para a minha mente.

- Eu tenho pensado nisso. - Disse ele. - Eu não acho que ela faria algo ruim para pessoas que ela nem conhece. Ela não quer nada do seu mundo e sim desse. Eu acho que ela percebeu que não conseguiria escapar então trocou de lugar com você. Para que você morresse no lugar dela. Ainda bem que isso não aconteceu.

Samuel sorriu para aliviar a minha tensão, e isso funcionou um pouco. Eu esperava que ele estivesse certo. Eu suspirei.

- Vamos começar então? - Perguntei.

- Você..... - Ele começou, mas eu interrompi.

- Vou focar nas coisas que eu posso fazer agora e pensar em como agir no resto depois. Até porque, não posso mudar nada ainda, mas tenho a sensação de que o momento para fazer alguma coisa está chegando.

Ele concordou comigo. Eu escutei algo como um "eu também" vindo dele, mas foi muito baixo e eu não sei se entendi direito.

Ele me fez me aquecer e depois me deu uma faca. Ele me fez lutar com ele usando todas as minhas forças e sempre me mandava atacar mais rápido. A minha vida sedentária parece ter me deixado lenta e eu estava cansada, por isso eu não conseguia ser tão veloz quanto ele. Não conseguia entender como ele podia desviar de todos os meus golpes tão rápido. Talvez fosse aquela coisa de nesse mundo todos serem mais fortes do que as pessoas do meu mundo. Só isso podia explicar o que estava acontecendo, já que eu não podia ser tão devagar assim. Podia?

Quando eu já estava quase caindo no chão e pedindo clemência, Samuel disse que podíamos fazer uma pausa para comer alguma coisa.

Graças a Deus.

Eu estava morrendo aqui.

A comida que ele tinha trazido para a gente era bem leve, ele trouxe frutas, carne seca e água para podermos nos hidratar depois de tanto exercício. Ele fez uma pausa depois de comermos, mas não me deixou dormir. Ele ficou conversando comigo sobre o que ele gostava naquela floresta e sobre como ele treinava lá desde pequeno. A floresta era linda e quando ele começou a falar sobre os pássaros que vivam lá e sobre os animais que passavam por ali foi que eu comecei a notá-los. Eu podia ser bem desligada, mas quando eu estava cansada era ainda mais.

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