Capítulo 17

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O capítulo possui 2249 palavras

Acordei com o som do trovão. Ainda estava escuro e eu podia ouvir o barulho da chuva, mas eu senti tudo tremer com aquele barulho assustador. Isso não podia estar acontecendo de novo. Encolhi-me na cama e esperei que aquele momento desesperador passasse. Estava paralisada e meu coração batia acelerado. Depois de alguns segundos que pareceram minutos o som foi embora, mas eu sabia que não ia conseguir dormir novamente.

Fiquei parada na minha cama esperando que aquela sensação ruim passasse. Escutei um barulho, como se alguém estivesse batendo na minha porta, mas não me levantei. Eu não conseguia me mexer. O som do trovão foi tão alto e tão perto que eu ainda não tinha me recuperando da sensação terrível que me percorreu.

A porta do quarto se abriu, a luz foi acesa e lá estava Samuel. E ele estava sem camisa.

Meu.Pai. Eterno.

O que era aquele homem?

Eu até esqueci que eu estava com medo quando vi aqueles músculos. Ele parecia que tinha sido esculpido para ser perfeito. Eu estava sonhando só podia ser.

- Eu ouvi o trovão e sei que você não gosta. - Ele disse. - Então eu vim saber como você estava. Você está bem?

- Eu.... Eu acho..... que sim. - Respondi.

- Quer que eu fique aqui com você?

O que ele ainda estava fazendo parado na porta? Claro que eu queria ele comigo. Acha que eu ia deixar passar a oportunidade? Tá louco?

- Quero sim. - Respondi.

Ele fechou a porta, apagou a luz e veio para perto de mim. Eu tentei agir como se não tivesse perdido o fôlego com a presença dele. Ele afastou o lençol, se deitou na cama, se cobriu e me puxou para perto. Eu estava me sentindo nervosa pela primeira vez na presença dele, mais do que quando pensei que ele ia me matar.

Ele me abraçou forte e disse que tudo ficaria bem e que eu poderia dormir. Não estava nada bem, eu não sabia o que eu sentia e meu coração batia forte, mas não por causa do trovão, mas por causa do Samuel. Ele não via o que fazia comigo? Isso era tão injusto. Ele está tão perto e ainda assim.......

Outro trovão soou. Ele me puxou mais para perto e me senti protegida naqueles braços fortes. Minha cabeça estava apoiada em seu ombro e eu me sentia aquecida e confortável. Ele veio até aqui porque sabia que eu sentia medo de trovão, ele se preocupou comigo. O que isso significava

O que será que ele estava pensando?

- Está dormindo? - Perguntei para puxar assunto.

- Não. Você está bem? Ainda está assustada?

- Eu estou melhor. Ainda fico assustada com o som dos trovões. É assim desde que eu era criança. Minha mãe sempre vinha ficar comigo quando trovejava.

- Eu estou aqui com você agora. Sei que não é a mesma coisa, mas espero que sirva de consolo.

- Eu agradeço por se preocupar. Então eu não preciso ficar sozinha.

- Você não vai ficar sozinha se eu puder evitar.

Eu sorri. Levantei a cabeça e olhei para ele. Ele me olhou também.

- Você..... - Comecei, mas não consegui terminar minha pergunta.

Eu queria saber se ele sentia algo por mim, mas não sabia como perguntar. Eu não tinha coragem suficiente para dizer as palavras e eu não sabia o que ia fazer se ele dissesse que não sentia nada por mim. Só tive dois relacionamentos na minha vida e os dois acabaram mal, o primeiro me traiu e o segundo eu decidi terminar com ele porque eu notei que ele ainda estava apaixonado pela ex. Na verdade, o segundo não acabou mal, mas eu até que gostava dele e fiquei mal por um tempo.

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