Mundos Opostos - Perdida (Sem Revisão)

Capítulo 16

O capítulo possui 1762 palavras

Eu estava ansiosa para saber o que estava acontecendo e sobre porque Páris estava estranho, mas quando cheguei no palácio Cícera me mandou direto para o meu quarto para me arrumar e eu não pude falar com o rei. Ela me disse que o jantar era especial, mas não explicou o porquê e eu preferi não questionar a rainha. Vesti um vestido azul dessa vez e calcei uma das sandálias de salto que eu tinha, mas evitava usar, deixando as botas de Samuel ao lado da cama quando eu fui para a sala de jantar.

Faltava apenas o rei chegar quando eu apareci e Cícera me indicou que eu sentasse ao lado da cadeira do rei e do mesmo lado que William e José. Do outro lado da mesa estavam Cícera, Manoel, Gabriel e Samuel. Eu não entendia porque tinham mudado as posições das pessoas na mesa, mas aparentemente teria que esperar o rei chegar para saber.

O rei não demorou, o que era ótimo, já que eu estava morrendo de fome e o cheiro delicioso das comidas sobre a mesa estavam me deixando muito ansiosa para comer. Meu pai sorriu para todos nós ao se sentar e começou a falar:

- Fico muito feliz que hoje a nossa família está realmente completa. - Começou o rei.- Eu sei que existe uma longa história por trás de toda essa jornada que nos trouxe até aqui, mas independente de qualquer coisa eu fico feliz de contar com a presença de todos vocês hoje. Por isso eu gostaria de oficializar Kátia Aguilar Matamoros como princesa de Milacente e seus irmãos William e José Aguilar que eu recebo hoje como parte dessa família e terão os mesmos privilégios de sua irmã.

- É tão surreal ser uma princesa. - Falei e ri.

Meu pai pegou a minha mão e ele me olhava com tanto carinho que eu quis chorar ali mesmo. Eu sempre quis saber como meu pai era e tê-lo presente em minha vida. Eu estava realmente feliz.

Mas ainda assim, eu sentia que faltava alguma coisa, minha mãe e minha amiga Gisele eram tudo para mim no meu mundo, desde que eu perdi meus irmãos. Agora, se eu voltar para lá eu vou perder muito mais e se eu ficar, vou perder elas duas. O que eu faria? Eu queria mesmo voltar?

- Obrigada Majestade. - Ouvi meus irmãos falarem.

O rei sorriu e disse para todos se servirem. Essa era a hora boa. A comida daqui era incrível e eu achava que já tinha engordado uns 3 quilos desde que cheguei aqui. Se eu continuasse assim ia começar a sair rolando pelo palácio. Precisava fazer exercício urgentemente.

O jantar foi ótimo e eu estava muito feliz. Apesar disso, no meio do jantar Samuel precisou sair para resolver um problema na cidade, os homens dele disseram que uma pessoa iniciou uma briga numa taverna e eles tiveram que intervir. Não entendi porque eles não podiam resolver isso sozinhos, mas eu não sei como funciona a lei aqui, por isso fiquei calada enquanto Samuel ia embora. O mais estranho foi que ele e o rei se olharam de um jeito esquisito antes de Samuel sair, isso me dizia que aquilo era algo mais do que apenas uma briga. Eles estavam escondendo alguma coisa.

Meus irmão estavam um pouco estranhos, mas antes de irem dormir eles me deram um abraço e disseram que estavam muito felizes por terem me encontrado. Surpreendi-me com atitude deles e ao mesmo tempo isso aqueceu meu coração. Os abracei bem forte e disse que eu também estava feliz em estar com eles.

Quando estava indo para o meu quarto também eu passei pela porta do Samuel. Estava fechada e eu não sabia se ele estava lá ou não. Tinha minhas dúvidas a sanar e queria conversar com ele, mais do que com o meu pai, curiosamente. Sabia que ele não mentiria apesar de tudo. Esperava não estar errada.

Fui até a porta do meu quarto, mas desisti de entrar quando segurei a maçaneta da porta. Voltei e bati na porta do quarto de Samuel. Ele não respondeu e eu não ouvi nada por um tempo, por isso eu abri a porta e entrei.