219° capítulo

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Maria Clara.

Estava bem chateada.

Já era 10h e eu estava em casa e daddy saiu.

Ele foi trabalhar e não me levou pra escola!

Que ódio!

- sai, tô muito puta Luna. - Luna estava pulando pra cima enquanto eu andava. - Luna sai!... Aaaaaa! - e eu caí. - você é muito chata, você e o daddy, hoje eu tinha aula! - comecei a chorar de ódio ainda no chão. - sai, eu não te odeio mas agora eu te odeio... Mais de mentirinha. - me levantei e ela ficou me cheirando.

No banheiro eu me obriguei a tomar banho e quando sai, ainda puta e mais ainda por que a Luna comia papel higiênico e eu não peguei toalha, peguei a do daddy mesmo e segui pro quarto irritada.

- sai daqui Luna, você tá muito má. - abri a porta e ela saiu correndo, acho que era isso que ela queria... - Luna. - chamei mais ela já tinha ido. - eu não te odeio. - ela não entendeu mas isso aliviou um pouco.

Fechei a porta e procurei por algo.

Você não quis me levar pra escola daddy? Então não vem me xingar pelos meus vestidos curtos por que eu vou usar sim!

Me vesti com um e coloquei uma calcinha rosinha com flores que não ficava dentro da bunda. Ela cobria bem meu bumbum e era um pouco apertada.

Coloquei meu chinelo holográfico aaaaa!

Mais ele não combinava com o vestido preto mas mesmo assim eu coloquei.

Arrumei o cabelo, escovei os dentes, passei só um corretivo por que eu queria tirar foto mas depois eu fiz um delicado e passei blush e o gloss por último.

Desodorante como sempre, remédio matinal como sempre, perfume, peguei meu celular e desci.

(7) mensagens não lidas.

Amor, o daddy teve que sair correndo.
Hoje vai ser um daqueles dias que eu nem sei se volto pro almoço.
Vou almoçar aqui mesmo.
Se eu te levasse pra escola seria bem mais cedo que o normal.
E depois eu não ia conseguir te buscar.
Eu ia ficar muito preocupado.
Desculpa tá?
O bom é que já estende sexta, sábado e domingo em casa.

A última frase me deixou "feliz".

Eu tinha sete mensagens não lidas mas eram sete conversas. As outras eram dois grupos, Becca, Malu, Karla, o daddy e Bia dizendo que não tinha oque comer.

Então eu desci, deixando todo mundo no vácuo, quer dizer, vácuo não, eu não cheguei a ler apertando na conversa e sim por cima na barra de notificação.

- nossa tu dorme. - disse Bia, secando os pratos. - a louça era de nós duas mais tu não acordou. - ri.

- cadê Pedrinho?

- aff deixa o Pedrinho. - riu. - hoje eu grudei ele pelos cabelos. - arregalei os olhos. - calma, ele me chamou de lésbica fedida, aí eu esfreguei aqueles cabelos sedoso dele. - comecei a rir.

- tá, e tem oque comer? - ela revirou os olhos.

- agora que dona Cristina tá andando mais com o namorado, ela esquece da gente.

- mais sabemos cozinhar.

- mais o Henrique trabalha e a gente não sabe fazer compras... Só compra de doce. - começamos a rir por que realmente, gastamos muito.

- e vamos fazer oque? - deu de ombros.

- não sei, podemos pedir. - ela guardou a pilha pequena de pratos sobre o balcão e quando voltou passou o pano no mesmo. - oque quer pedir? - dou de ombros.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora