268° capítulo

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Henrique.

Duas semanas depois...

Peguei a toalha dentro do guarda-roupa e ri.

- e aí eu comecei a voar do nada. - ri negando e fui até o banheiro.

- começou a voar depois de ver um submarino andando na rua e chovendo rosas? - perguntei fechando a porta do banheiro pra não entrar vento e pra ficar quentinho.

- sim! Daddy foi muito realista. - ela contava o sonho dessa noite. - você acha que é o efeito da gravidez? - sorri, olhando a sua barriguinha linda.

- acho que não, mas vai saber. - ela desligou o chuveiro.

- eu queria tanto usar um cropped, mas além de tá frio, também não vai ficar bonito. - enrolei ela na toalha.

- bonito vai, é impossível a Maria não ficar linda, mas realmente, tá friozinho e Cida disse pra ti se cuidar muito bem, então... Seguindo a dieta direitinho também tá? - concordou.

- eu sei daddy, vou levar isso a sério. - sorri e beijei ela.

Sequei Maria e a vesti, mesmo que ela esteja mais independente.

Talvez a vida longe de mim a tornou assim e eu fiquei me questionando o dia todo ontem que eu sou o maior culpado de não deixar a Maria crescer direito.

Eu deixo, mas faço as coisas por ela.

Porém o negócio é que: Maria sabe fazer, se eu não fazer ela saberá fazer.

Mas ela voltou pra casa ontem, não quis ajuda pra nada... Estava muito independente. Fico feliz mas foi do nada que parei de ajudá-la, nem houve um preparo por assim dizer.

Mas tô brincando, quero que ela cresça.

Coloquei legging, calça de moletom nela, blusa de manga comprida e um moletom meu que ela pediu. Fora as meias.

As duas últimas semanas foram difíceis, muito.

Maria estava bem quando chegou, dois dias depois piorou de vez, eu fiquei noites do lado dela sem dormir pelo medo e não me importei com isso, só achei que ela... Não aguentaria.

Os médicos diziam que era o processo de limpar o seu corpo daqueles medicamento fortes que Alessandra colocou dentro dela.

Eles diziam que... Se Maria não aguentasse, poderia perder o bebê por que ela não conseguia comer e se alimentava pela sonda... Não tem como criar um bebê dentro do útero se alimentando com sonda, não no caso da Maria que já estava super fraca.

Ela ainda está com anemia, mas menos pior do que a última vez. Ainda bem.

Bom... O importante é que ela teve alta, está aqui, bem, tem comida pra ela ficar forte e... Nossa filha.

Ainda não me caiu a fixa.
Tenho uma filha... Isso é... Sei lá eu tenho uma filha!

Mas voltando a realidade, Maria e eu fomos tomar café, apenas nós dois já que ela voltou ontem e eu estava sozinho, minha mãe estava na casa dela mas voltaria hoje pra matar a saudade da Maria.

Após o café da manhã, depois de Maria comer mais do que o necessário, ela pediu pra comer salada de frutas que minha mãe fez ontem antes dela chegar, seria algo pra ela comer que fosse saudável e que ela gostasse, mas como Maria pegou no sono ela não comeu.

Então coloquei na sua tigela rosa e a gente subiu por que o dia não tava nos melhores.

Fora que eu queria matar a saudade, ficar grudadinho pra sempre.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora