• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2

319° capítulo

1/2

1 mês depois...

Ben.

Naquela noite, após a festa das meninas, deixei Pedro e Becca na casa de Pedro e fui onde a localização dizia.

Eu não sei descrever aquele evento, onde só consegui entrar quando me confundiram como um dos garçons.

Só podia usar a máscara então não fiquei reconhecível.

Pra falar a verdade não achei ninguém que eu conhecesse também, somente vi alguns rostos dos empresários que trabalham com meu pai.

Servi muito champanhe e pude ouvir várias conversas "normais", nenhuma envolvia crianças ou adolescentes por que eu tinha certeza de que era isso que se tratava aquilo.

Mas onde estavam as crianças?... Eu não fazia ideia.

Conforme eu ficava lá, cansado de ser um empregado, basicamente, juro, basicamente todas as mulheres iam indo embora... Foram poucas as que ficavam.

E nem era por que elas tinham que ir, aparentemente tinha outra festa só pra mulheres na casa de uma delas. Pela idade que passava dos 30/40, não deveria ser uma festa das quais tô acostumado.

Mas as poucas que ficaram também foram depois de um tal momento.

E quando só ficou homens ali e bem poucos dos garçons e funcionários, ao palco, subiu um cara que começou a fazer um tipo de "leilão".

Isso por que já fui com minha madrasta quando eu era mais novo, uma chatice, mas igual a esse.

Ele falou, falou e falou, prometia ótimos quartos a quem pagasse por mais de um ou uma.

E eu sabia desde ali que estavam leiloando uma noite com crianças, isso por que as caras daqueles diabos, por que é isso que são, estavam mais do que ansiosas e não paravam quietos nas cadeiras.

Pra você ter uma ideia do que eu sentia, bastava se colocar no lugar de uma criança indefesa e sem escolha, que foi escolhida por um cara adulto sem nenhum tipo de pena ou arrependimento do que fazia...

Eu não sei como é ser abusado e nem quero saber, mas eu sentia um medo, uma raiva, algo parecido... Eu não sei!

E meu pai estava lá, na mesa bem a frente, com seu champanhe, esperando pra leiloar.

Todos sem máscaras, as caras de quem tinham poder... Só se for no inferno!

Aquele homem do palco colocou em um telão o rosto de uma menina, não tinha cara feliz, não mostrava os dentes e usava roupas velhas e sujas.

Pensei em duas coisas: ou ela usa essa roupa tanto que ficou assim, ou ela era uma menina pobre que foi tirada dos pais.

Por que tipo... Onde eles conseguem pegar essas crianças?

A partir dali as meninas eram leiloadas como objetos, só se ouvia o "dole uma dole duas...".

260 mil aquela menina valeu pra uma noite...

Eu não conseguia mais olhar pro telão muito menos naquela direção, mantive a cabeça baixa no canto da parede junto aos outros garçons, segurando o prato de alumínio com o champanhe em cima.

Era deplorável tudo aquilo.

E eu não podia fazer nada...

[...]

Já tinha se passado um mês... E nesse um mês não dormi nenhum momento em casa, exceto ontem, quando o melhor homem do mundo chamado James Evans vulgo... Pai, me chamou e disse que se eu não aparecesse, ele iria me tirar do testamento.