226° capítulo

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Maria Clara.

Era de madrugada eu acho, estava morrendo de frio e daddy estava virado pro outro lado.

Puxei ele mas ele tava ferrado no sono.

- daddy. - bati em seu braço. - vira pra mim. - ele respirou fundo se espreguiçando e logo bocejou.

- que foi.. meu amor. - a voz ficou muito fofinha e grossa.

- vem pra cá, tá frio. - daddy se virou e me abraçou.

- meu deus que gelo. - cobriu a gente e ele estava super quente, parecia um fogão.

Ri e daddy perguntou oque foi mas não falei.

Aí voltei a dormir até de dia.

[...]

- Paula dos Santos.

- presente.

- Maria Clara.

- presente. - respondi a chamada e eu era a última por ter entrado recentemente.

De certa forma essa era uma aula nova pra mim, era de história e com outra professora por causa do jornal.

Como ocupo o jornal na hora da aula de história, a professora me mandou pra outra aula de história.

É confuso e me atrapalhou toda, mas não é ruim... Só que tem alunos de mais e eles são quietos e ficam me olhando.

Fora que a professora parece ser rude e bem brava por que todos estão retos e quietos.

Retos no sentido de não estarem jogados na cadeira.

- abram o livro na página 145 por favor. - e o som de livros sendo abertos e folhas sendo separadas começou.

Abri o meu também obviamente.

Página 145.

- copiem os trechos: número 1, número 3, número 4, número 5 e número 9. - escrevi no cantinho da folha pra não esquecer.

Ela se levantou e nos analisou.

Era uma senhora, não sei se ela era gordinha mas usava saia até os pés e blusa grossa e comprida, mas ela parecia ser um pouco magra por que seu rosto e pescoço eram fino.

Fora que ela usava um cachecol mas não era de lã, era só um tecido fininho e florido. Usava pulseiras também de várias cores e eram de pedrinhas, tinha colares que iam até o meio da barriga e usava óculos.

Muito estilo da professora de artes mas essa professora tinha cara de ser muito inteligente sobre história.

Ela começou a falar nomes, nomes esses que eu só sabia de quem eram quando os donos se levantavam.

Era pra fazer duplas e mesmo os alunos não gostando, não mostraram nenhuma revolta.

A professora mandou uma aluna sentar comigo... Ela parecia ter medo, mas sorri e isso a assustou mais.

- após copiarem quero que respondam as perguntas da página 148, não precisa copiar as perguntas. - ela se sentou na sua mesa e copiei no cantinho da folha o número da página.

Ela não deixava no quadro pra gente não esquecer, os professores sempre escrevem.

- tudo bem? Eu sou a Maria Clara. - ela olhou pro seu caderno rapidamente e sua mesa não estava totalmente colada na minha, fui um pouco pro lado e colou.

- é.. melhor você ficar longe. - a olhei.

- mais eu..

- você matou um médico... - me encolhi aos poucos... Do nada ela falou isso. - você esteve em um assassinato... Todos nessa escola tem medo de chegar perto de você. - isso me deixou muito triste. Muito mesmo.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora