245° capítulo

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Melissa.

- oque temos? - digo chegando ao departamento de polícia do Rio, onde estava toda a minha equipe em colaboração com a polícia militar do Rio de Janeiro.

- essas fotos foram tiradas a dois dias. - tirei o meu casado ficando só com uma blusa de manga comprida colada no corpo e o colete por cima junto com a minha arma. Eu usava também calça jeans preta e saltos, que me deixaram mais alta.

- ela tá sempre de óculos. - digo.

- o rosto dela é esse. - eu nunca havia visto, não há registros de nada. Todas suas identidades falsas tem cores de olhos, de cabelos, tons de pele... É como se ela não existisse.

A foto na minha mão era de uma mulher loira, rosto quase redondo mas fino com plástica, nariz com plástica e boca aparentemente normal... Olhos azuis, como os meus.

- oque isso aqui? - perguntei mostrando ao detetive.

- pode ser uma mancha de nascença, um tipo de hematoma ou até mesmo de uma cirurgia. - era no pescoço.

- e essas fotos dela foram tiradas onde? - pergunto vendo as outras sobre a mesa, onde ela usava óculos, casaco comprido e carregava uma bolsa de grife.

- aeroporto.

- outra vez? - olhei pra ele que concordou.

- dessa vez ela desceu de um avião particular e não um jato. O avião pertence a Pedro Ramirez.

- não é brasileiro. - digo afirmando após pegar a foto dele.

- não, nacionalidade dominicana mas mora nos Estados Unidos a 23 anos. Tem 51 anos, bilionário, se tem família ninguém sabe mas tem um herdeiro.

- quem? - ele abriu outra pasta.

- Dominique Fisher.

- americano? - concordou.

- filho adotado, tem 6 anos mas só foi adotado por ele no ano passado.

- tá e ele tá aqui por que? - não fazia sentido.

- ele quem tá financiando a festa... - nos olhamos. - terça-feira. - me entregou uma folha. - 20h da noite em um salão alugado no Leblon. - o papel era composto por fotos e um convite.

- onde conseguiu isso? - apontou de cabeça pra trás de nós, onde haviam várias pessoas trabalhando.

- ou invadiram o sistema, ou acharam um convidado em comum. - suspirei. - ela vai tá lá, você vai disfarçada e o intuito não é prende-la, não sem provas, mesmo que a gente implante, ela tem muitas pessoas do seu lado... Principalmente juízes. - respirei fundo. - vá, recolha provas junto com três pessoas da sua equipe e tente descobrir pelos convidados sobre uma casa com crianças. - olhei pra ele.

- uma casa? - concordou.

- depois da festa alguns convidados vão para um lugar em algum canto do Rio, é uma casa em um lugar privado provavelmente, precisa de muita sorte e confiança pra entrar lá... E precisa ser homem, há mais chances. - respirei fundo outra vez.

- prostituição de menores. - digo afirmando.

- exatamente. - suspirei.

Haverá uma festa depois daquela, onde crianças e adultos se misturam.

Não é Malu, nem Mariana ou Maria que estaram lá, graças a deus, mas seram outras crianças passando pelas mesmas coisas que Malu e Mariana passaram.

E caso eu consiga impedir, farei o possível.

Após alguns minutos fui pra minha mesa e já recebi por e-mail uma lista de crianças desaparecidas do Rio, que supostamente podem ter sido sequestradas e mandadas até essa mulher.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora