238° capítulo

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Malu.

Respirei fundo em frente ao espelho.

- por nós Mariana... Vou conhecer a nossa mãe por mim e por você. - sorri pra mim mesma.

Sei que faço parte de um trio, um trio de meninas idênticas. Mas não me acho parecida com minhas irmãs, porém tenho algumas feições e sempre que lembro da Mari, a vejo em meu rosto.

É uma sensação boa.

- oi meu amor. - era meu pai, na porta.

Me virei pra ele e sorri.

- está linda. - veio até mim e o abracei.

Eu usava um vestido, não era justo, só na parte de cima. Usava também sapatos adequados e meu pai estava com blusa social e bermuda social também.

- e se... - comecei a ficar desesperada.

- ei... Fique calma. - respirei fundo.

- será que ela vai gostar de mim? - concordou na hora.

- é claro, sua mãe quis esse momento desde o dia em que te colocou no mundo. - sorri animada e o abracei outra vez.

Quando descemos, eu estava eufórica.

É... O episódio de ontem foi muito conturbado pra mim, meus braços estão roxos mas a enfermeira disse que era por causa dos medicamentos.

Fora que voltei a tomar remédio pra dormir, para ficar calma e ansiedade e é doloroso.

Não que o processo doa, eu engulo os remédios... Mais... Você sabe o motivo dos remédios e automaticamente lembra por que está tomando eles.

É horrível, ontem mesmo tive que tomar eles ao lado do meu pai, por que não conseguia fazer isso sozinha e provavelmente será assim todas as manhãs e noites.

- a senhora colocou as bebidas na geladeira? - perguntei a moça que meu pai contratou para fazer comida.

Essa era diferente de uma que costumava vim... E eu gostava daquela, ela e meu pai faziam um bom par.

Mas agora... Quero o meu pai com a minha mãe.

- sim senhora, está na geladeira. - sorri e agradeci.

- pai você acha que a mamãe é vegetariana? E se ela não comer carne? - ele riu.

- carne? Não iremos comer carne. - refleti.

Maria Luísa para! É só um café da tarde.

- tudo bem. - apertei o dedo e meu pai me deu carinho. - ah! E se ela tiver alergia a gatos?! Luigi, pro meu quarto já..

- filha... Não há com oque se preocupar, mantenha a calma. - respirei fundo. - sua mãe disse que vinha, partiu dela, ela não irá se aborrecer com nada... Aliás. - olhou para trás, em direção a cozinha. - não acho que vocês iram querer comer com tanta saudade pra matar... - agora quem pareceu nervoso era o meu pai.

- oque foi? - olhei pra ele.

- sua mãe está vindo... - ficou sério e pensativo. - uau ela está vindo...

- pai, mantenha a calma, será normal. - digo tentando o acalmar e ele logo começa rir.

- estou tentando te fazer entender isso a duas horas. - rimos, mas paramos quando a campainha tocou.

- é ela... Pai minha mãe! - nos encaramos sérios e a moça foi lá abrir a porta. - não tô pronta.

- nem eu. - nos encaramos. 

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora