286° capítulo

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Mariana.

Havia vindo pra casa de Ben em pleno sábado às 15h, apenas para me arrumar e repassarmos um plano bem elaborado.

Ben disse que comprou o meu vestido... O meu salto...

Eu estava ficando nervosa.

- oque? - respondeu ao toque na porta.

- é a empregada senhor Ben. - Ben foi lá atender e era uma das senhoras, de cabeça baixa. - perdoe pela minha intromissão na sua tarde com sua namorada, senhor Ben. - ela dizia isso como se tivesse interrompido um... Sexo.

- tudo bem, não está interrompendo nada. - me levantei da cama, pra ela me ver vestida.

- só estamos conversando. - disse Ben.

- então... Trouxe uns aperitivos. - mostrou a bandeja que já havíamos visto.

- obrigado. - Ben pegou com cuidado.

- chame se precisar.

- tá. - fechou a porta com o pé.

- eu quero.

- tá, oque vai dizer quando ver a minha tia?

- fomos pra cama e Ben colocou a bandeja sobre ela.

- hum... - penso, pegando um dos aperitivos que serão servidos na festa. Já conhecia todos por causa... Das festas antigas. Gosto de comida exótica de rico, por que isso não é vendido no supermercado ou na primeira padaria que a gente ver, é exótico. - olá senhora...

- senhora Evans. - me olhava comer.

- isso.

- é sério.. precisa saber oque dizer. - mastiguei bem antes de falar algo.

- Ben, tudo isso só pra você conseguir o seu carro de volta? - enfiei o resto do docinho na boca.

- não é só o carro. - suspirou, pegando o copo com suco de laranja. - é tudo, é a minha vida, é os meus amigos que moram em outro lugar, é a minha liberação pra me divertir. - disse triste, mas camuflava isso na sua decepção.

Mastiguei mais devagar pensando e olhando pra ele.

- só precisamos mostrar pro seu pai que andamos na linha?

- é.

- e que precisamos aparentar ser um casal feliz que irá se casar?

- também.

- tá.

- e depois da festa você dorme aqui.

- com um travesseiro entre a gente e você vai ficar o tempo todo de bruços. - riu.

- de bruços?

- é... Com o seu pênis pra baixo. - riu novamente.

- eu nunca abusaria de uma mulher, não é legal. - bebeu o suco. - mais eu gosto de ficar perto, isso não tem como evitar. - se levantou.

- como assim? Ficar perto? Como assim Ben? - riu indo até closet.

- é inevitável não agarrar a pessoa que tá dormindo com você. - ri.

- ata, e se fosse um de seus amigos homens. - já que Ben é o maior machão.

- nunca dormiria com eles, se eles vem aqui eles ficam em um quarto separado ou dormem no chão. - é, não teria como mesmo.

Continuei comendo e Ben veio com o salto.

- da o pé. - se sentou novamente na cama e eu estiquei o meu pé, mas ele puxou o mesmo pro seu colo onde permaneceu até pegar o salto pra ver se serviria.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora