256° capítulo

1.1K 100 29
                                    

Mariana.

Duas semanas depois...

Eu estava com os tornozelos amarrados e as mãos para trás também.

A fita cinza na minha boca estava prendendo alguns fios de cabelos meu e estavam doendo.

Fora o calor com essa roupa.

- ah que bom que chegou, eu e a minha filha estamos famintas. - ouvi mamãe dizer.

- me perdoe pela demora, por conta da chuva alguns funcionários não poderem vir. - a voz era desconhecida mas creio ser a moça que entrega a comida. E deveria ser brasileira, oque vimos muito aqui na França.

- ah eu fiquei sabendo, nosso vôo foi adiado.

- vem do Brasil também?

- aham, resolvi dar uma fugida.

- aqui é bom de se viver.

- eu imagino. - riram.

- então tá, boa noite pra vocês e qualquer coisa é só chamar.

- muito obrigada.

Logo a porta foi fechada.

E após um longo tempinho mamãe abriu a porta do meu quarto.

- vamos comer. - veio até mim e me desamarrou.

Mamãe descobriu sobre Luis.

E ainda não surtou.

Oque fez foi me amarrar todos os dias, me deixando sair do quarto apenas pro banho e necessidades e todas elas são feitas com sua supervisão.

Isso já fazem cinco dias.

Meu corpo dói por dormir desse jeito, mãos pra trás, pés juntos e boca totalmente fechada. Dormindo no chão gelado por que a cama parece ser proibida.

- vamos logo. - meus braços doeram tanto quando os coloquei pra frente, mas isso sempre acontece.

Saímos do quarto e fomos pra sala de jantar onde nos sentamos.

O olhar dela a mim.

O medo que sentia de me mexer.

- pedi a sua comida... Favorita. - ela parecia confusa mas colocou na minha frente o prato com uma tampa de metal em cima.

Esperei que ela tirasse a tampa do seu prato para que eu fizesse o mesmo.

Ela fez e vagamente me mexi.

Sentia minhas bochechas arderem pela fita.

Meu prato era composto por batata frita, arroz, salada de alface e tomates bem pequenos e um bife de frango bem dorado.

Não era o meu prato favorito mas eu estava cheia de fome.

O prato de mamãe era uma sopa muito chique mas não fiquei olhando.

Comemos em silêncio. Meu braço tremia e eu só conseguia comer com o esquerdo mas fiz o maior esforço.

O celular de mamãe tocou... Ela atendeu e colocou no viva voz.

- diga. - comi olhando pro meu prato.

- senhora, descobrimos o paradeiro de Abgail.

- diga logo. - mamãe ficou eufórica.

- no dia que você e sua filha embarcaram, a polícia pegou ela dentro do aeroporto. - olhei pra mamãe com medo e aos poucos ela me olhou, voltei pro meu prato.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora