307° capítulo

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Maria Clara.

Três dias depois.

Estava no jornal, escrevendo um rascunho, porém já era a décima folha que eu jogava no lixo por que ficava ruim, e tinha que ficar bem elaborado e bom.

- tô ficando brava. - digo pra mim mesma.

- pessoal. - olhamos todos pra porta, era a nossa professora que nos ajuda com o jornal, porém eu sou a líder, mas precisa ter um professor responsável. - está vindo uma grande tempestade marcada pra agora, hoje a escola está cheia, então oque vamos fazer, iremos fechar tudo e cobrir as janelas com o móvel maior que tiver, mesas também ajudam. - oque?

Comecei a ficar com medo... Cobrir tudo? Como se a tempestade fosse um monstro devorador de alunos?

Queria o daddy, era automático.

- ééé, professora. - Malu chamou.

- sim. - olhou pra ela.

- se ainda não chegou, por que os alunos não podem ir embora?

- bom, a escola é o lugar mais seguro no momento e os bombeiros mandaram um alerta e é para a gente ficar no lugar mais seguro... No caso aqui é o lugar mais seguro. - o daddy é rico... A empresa dele não foi feita com material ruim né?

Daddy vai ficar bem né?

- então largam oque estão fazendo e vamos cobrir portas e janelas com qualquer móvel grande e pesado ok? Quando a diretora chamar no auto falante, todos vocês devem se dirigir ao ginásio, na mesma hora em. - concordamos e nos levantamos.

Fiquei perto da Malu e vi alguém estranho na minha frente... Mas pelo cabelo era Cheli.

Mas com essas roupas compridas?

- adorei o visual Mi. - a professora sorriu pra ela e passamos pela porta.

Micheli estava com meia calça, a saia de cheerleader e um moletom da escola.

Não estava feio, só estava... Longe do padrão dela.

- que palhaçada em, furacão vindo e a gente vai tá na escola. - engoli em seco quando Pedrinho disse isso.

- um furacão derruba um prédio? - perguntei.

- é óbvio! Destrói tudo. - senti meus olhos arderem pelas lágrimas.

- daddy vai morrer. - comecei a chorar e Pedro riu.

- que? Cala boca.

- parabéns Pedro. - disse Malu. - Maria, é óbvio que não. - me tocou me fazendo parar de andar. - acho que ele também sabe que vai ter uma tempestade.

- vamos ligar pra ele?

- se tiver sinal ainda vamos. - voltamos a andar, não levamos celular pro jornal.

Estava no meu armário.

No caminho encontramos Mari e Becca... Que foi direto abraçar Pedrinho e eu comecei a ficar mais desesperada, mas chegamos no meu armário.

Liguei pro daddy já tremendo.

- oi meu amor? Tá na escola? Fica em um lugar protegido pelo amor de deus.

- daddy onde você tá? - tinha muito som na escola dos alunos falando então tentei ficar com o rosto dentro do meu armário e coloquei a mão no outro ouvido pra ouvir melhor.

- no trabalho ainda.

- mais não é seguro, sai daí por favor. - comecei a chorar fraquinho.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora