295° capítulo

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Maria Luísa.

Fechei o meu armário e alguém esbarrou em mim, deixando os meus óculos caírem.

- desculpa. - juntou o meu óculos.

Era CD.

- tudo bem. - peguei rápido da sua mão.

- achei até que fosse a Maria.

- mais não é. - ficou me olhando.

- já tem dupla pro trabalho de português?

- não. - fechei o meu armário rápido. - e não farei com você. - passei por ele querendo sair logo dali.

- opa. - agora quem esbarrou em alguém fui eu.

- me desculpa. - pedi, ajeitando os óculos.

- Malu.. - olhei, vendo o Gab.

- eu... Me desculpa. - fui passando por ele mas ele me segurou.

- espera por favor.

- eu tô com presa, o sinal já tocou. - digo.

- só... Tô preocupado.

De repente as palavras de Henrique passaram na minha cabeça, em relação que Gabriel pudesse estar com o mesmo medo que eu.

Resolvi esperar pelo que ele diria.

- olha... - começou e eu não conseguia olhar em seus olhos. Abracei bem meu caderno e livro, que iria colocar na mochila se CD não tivesse aparecido. - eu não deveria ter forçado nada. - o encarei, achando aquilo errado dele dizer, já que não fez isso.

- você não forçou.

- mas eu deveria ter ido com calma... Não era o momento. - suspirei. Querendo chorar.

- senti medo Gab. - segurei o choro, agarrando mais forte oque eu segurava. - senti muito medo, senti sensações... E te culpei por que parecia... Real pensar que não era você. - Gab suspirou. - mas eu te amo tanto.. - seu olhar aliviou.

- você disse.

- oque?

- que me ama. - sorriu e eu fiz isso por poucos segundos. - eu amo você Maria Luísa, tanto... Eu tô disposto a fazer tudo do seu jeito, sem reclamar ou me intrometer... Só me dá uma chance. - esticou a mão e engoli em seco.

- a culpa não é sua Gab, não tem que fazer do meu jeito. - peguei na sua mão, me sentindo muito melhor.

- sinto a sua falta. - sorri.

- eu também.

Gab me puxou pra um abraço e não recusei.

Na verdade aquilo foi tão... Simples.

Na minha cabeça essa concepção seria diferente.

Achava que não conseguiria tocar Gab ou achava que ele me odiava, mas foi tranquilo.

Depois tive que sair da escola rápido por que o sinal já havia tocado a muito tempo.

Henrique me esperou, e já estava todo mundo dentro do carro.

Pedi desculpas e expliquei o ocorrido mas ele disse que tava tudo bem.

Deixamos Mari.. que estava de mal humor, deixamos Pedro, que parecia bem melhor que ontem já que estava todo machucado e por último eu fui deixada.

Dei tchau para Henrique e Maria e abri o portão com a minha chave, entrando e trancando o mesmo.

Quando fui abrir a porta, ela não estava trancada... Entrei normalmente.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora