241° capítulo

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Henrique.

Hoje era o dia de fazer aquele teste de paternidade.

Sai cedo do trabalho e fui pro local, era perto.

Era uma clínica.

Não demorei pra ser atendido, já estava agendado e pelo que vi eu era uma das poucas pessoas ali.

Fiz o teste através do material genético e tive que ir pra outro andar esperar.

Onde estava David.

- eai Henrique. - se sentou do meu lado e sinceramente, não quero vê-lo.

- eai. - peguei o celular.

- olha cara...

- não temos oque acertar, oque aconteceu a sete anos atrás já foi esquecido. - digo. - hoje sou casado e prezo muito pela minha família. - o cortei mas ele continuou.

- tá muito bem, se formou na faculdade como queria?

- é... Segui os meus sonhos, fumar maconha pra sempre não ia me levar pra lugar nenhum e você? - não estava sendo amigável.

David era loiro, um loiro mais escuro. Olhos verdes escuro e barba por fazer. Suas roupas eram normais e ele tinha mais tatuagens do que antes, assim como massa muscular e ganhou algumas linhas de expressão.

- sou gerente em uma loja de carros.

- hum... Foi oque sempre quis né. - fui grosso.

- qual o seu problema cara?

- o meu? - olhei pra ele. - éramos melhores amigos... Aí você dormiu com a Aline. - riu.

- éramos adolescentes... Eu tava bêbado.

- não foi só uma vez.

- antes de você ir embora sim... Ai vocês terminaram e continuamos. - queria dar um soco nele, não por dormir com Aline mas por dizer dessa forma, sem pensar na nossa amizade. - queria oque? Você nem a tratava bem. - ri.

- com certeza tratava. E cuidava muito na hora de gozar. - ficou quieto.

- também acho que essa filha seja minha... Fudemos muito depois que você foi embora. - eu tava pronto pra dar um soco nele, se não fosse aquela médica...

- senhores. - olhamos pra ela. - podem me acompanhar por favor. - nos levantamos e seguimos ela.

Eu bem longe dele.

E em uma sala grande e espaçosa, estava uma criança sobre uma maca.

Aline logo ali.

- que bom que chegaram. - disse ela.

A menina era loira, igual Aline e David. Olhos castanhos... Iguais aos meus.

Se olhar bem sua boca parece a minha... Mas o jeito é do David.

Não é minha minha.

- quem é Henrique Maciel? - ah não.

- sou eu. - ela é minha filha...

- o teste de paternidade testou negativo pro senhor. - nossa... Uau.

- então eu sou o pai? - perguntou David.

- isso, David Souza. - a menina me olhava atentamente.

Não seria péssimo ser o seu pai e ela não parecia ter sete anos, era tão miudinha.

Porém eu precisei ir, claro, falando com a médica antes, Aline e até mesmo David.

Aline me pediu desculpas e prometeu não me procurar mais. E como educação, falei que se ela precisasse de algo poderia me procurar sim.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora