• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2

253° capítulo

Mariana.

Hoje eu fui trancada no meu quarto por papai.

Eu estava com tanto medo, mamãe ficaria fora por mais um dia.

E papai... Uma fera.

Ele chegou em casa e acho que ele queria uma criança... Eu tenho certeza disso por que ficou bravo quando não viu nenhuma no porão.

Abgail quem sofreu ouvindo suas reclamações e eu estava passando pela sala quando ele me viu e me obrigou a voltar pro quarto.

Fiquei com tanto medo que não pensei nem duas vezes. Então voltei.

E aqui estou, quando fui tentar sair pela porta ela estava trancada.

Ontem eu vi tv aqui no quarto, hoje já não quero ligar pelo medo. Mas ontem... Aquela reportagem.

Aquela mulher de olhos azuis dando a entrevista, blusa branca de manga comprida e gola, marcava seus seios e logo abaixo ela tinha uma arma na cintura.

O seu cabelo era igual o meu assim como os olhos.

Ela estava muito abalada, dizia que ainda faltam muitas crianças e olhava tanto pra câmera como se quissese dizer algo que não podia.

No fim ela disse tantas coisas... Parecia Malu. Quando Malu fala, tem um jeito único e ela até diz que eu também falo assim mas nunca reparei, mas elas falavam tão parecido.

E um dia Malu disse que tínhamos uma mãe, e mamãe não era essa mãe.

Será que Malu está com ela e Maria?

E o nosso pai? Temos um pai né?!

Uau!

E irmãos meninos?

Nossa deve ser tão legal ter uma família!

Alguém abriu a porta e me assustei, cortando todos os pensamentos e parando de sorrir.

Era Luis.

Me levantei com medo.

Ele entrou e fechou a porta... Logo depois trancando.

- você mandou as crianças embora né? Obrigou a minha mãe a fazer isso. - por mais que ele dizia com paciência, sua cara de mal mostrava outra coisa.

- mamãe que quis. - digo com medo mas não tenho medo dele, mas ele é mais forte que eu.

- você não tinha o direito disso! - gritou e fiquei brava.

- por que? Você queria ter algo com uma criança? Você também faz isso?!

- faço! Faço por que elas estão dentro da minha casa e eu posso fazer oque eu quiser! - aquilo me deu medo.

Luis não tem cara de quem faz isso. E eu nunca vi.

- gosto das que tem corpo. - se aproximou. - gostava tanto da Maluzinha. - tentei sentir raiva mas fiquei com medo.

Talvez eu fosse tão baixinha perto dele, e eu era, muito!

- Luis para.. - ele pegou o meu braço.

- se não tem crianças, vai você mesma. - me jogou na cama.

- Luis para! Eu vou chamar o papai! - riu.

- a essa altura ele já saiu puto de casa. - Luis se despia rápido, eu não conseguia sair dali.

- me solta! - ele tentou arrancar minhas roupas. - para! - ganhei um tapa.

- fica quieta! - me calei com medo quando Luis puxou aquilo da cintura.

Era uma faca, era grande.