251° capítulo

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Maria Clara.

Dois dias depois...

Já era 15h.

Já comemos e eu acabei de acordar, aí daddy achou melhor que eu descesse se não eu acabaria dormindo mais e isso prejudicaria o sono a noite... E amanhã tem aula aff.

Então eu estava na sala, morrendo de sono.

- que tal um nescauzinho? - concordei e daddy me deu um beijo.

- e pode trazer um pedaço de cuca? Aquela do café da manhã? - daddy sorriu e concordou.

- vou pegar, vai ligando a tv pra gente ver um filme. - concordei.

Puxei a manta que sempre tá no sofá e me cobri, tá friozinho.

Liguei a tv.

- a polícia ainda não sabe sobre oque motivou a chefe da quadrilha de rapto de crianças, a deixá-las em frente a uma delegacia. Todas as crianças ao total somavam 27 e uma delas acabou falecendo na tarde do dia 8. Os policiais ainda dizem que o caso é sigiloso, mas o pouco que disseram sobre, foi o suficiente para os pais e parentes das vítimas ficarem em desespero. O hospital particular do Rio agora está sendo vigiado por policiais 24h.

Aumentei o volume.

As crianças?

- a justiça de São Paulo quer afastar Melissa Garcia do caso, pois oque se sabe é que uma de suas filhas, Mariana Garcia Pavanelli, foi sequestrada por essa mulher e só ontem foi a público que ela está viva, isso pode prejudicar o caso pois parentes não devem participar em situações como essa. A polícia não deu mais detalhes sobre isso. É com você Maurício.

A... A Mariana... Ela...

- ó meu amor, trouxe um Danoninho também. - não peguei o prato.

- oque foi? - daddy olhou pra tv.

- a... A Mariana tá viva. - olhei pro daddy e ele me olhou.

- oque? - Malu estava ali o tempo todo e paralisou, também foi o mesmo momento em que um copo de partiu no chão.

Eu nem vi ela ali.

Fechei os olhos com força.

Ainda ontem Mariana estava nos meus sonhos me pedindo ajuda, como se estivesse em perigo.

Mais ela se foi, como se fizesse uma escolha e a gente não foi essa escolha. Sua família não foi a sua escolha.

Daddy desligou a tv e vi ele dar atenção pra Malu, mas tudo tava mudo.

Tudo estava silencioso e passava em câmera lenta.

Vi papai e daddy ajudar ela, que parecia estar tento um ataque de pânico.

[...]

Ando lentamente pelo corredor lá em cima.

Aparentemente daddy e papai subiram com Malu.

Parei na porta, espiando.

Daddy cobriu ela e tirou seu cabelo do rosto, já o meu pai colocava o copo com água na sua mesinha de cabeceira.

Daddy me viu e veio até mim.

- oi meu amor. - ele fechou a porta assim que saiu do quarto. - já passou. - me abraçou mas eu não estava ligando pra Malu... Claro, eu fiquei preocupada, isso é algo sério.

Mas eu estava com medo, como se Mariana fosse alguém do mal.

- tá tudo bem. - me dava carinho e fechei os olhos com força.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora