232° capítulo

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Maria Clara.

Eu via todo o processo de outros homens colocarem uma cama de casal no meu quarto... Também via eles tirarem as bonecas como pedi mas que deixassem elas ali dentro de uma caixa por que algumas eram minhas de quando eu era pequena que ficaram em um lote quando a casa da minha vó foi vendida.

Daddy disse que poderíamos vender ou doar todos aqueles móveis mas eu pedi que ficassem guardados... Alguns hoje estão aqui, minha mãe meio que "roubou" do lote mas também era dela então..

- aqui está bom? - um dos homens me perguntou e como a cama de solteiro antes era virada pra porta e nos pés já começava o guarda-roupa, pedi que virassem na direção da outra parede por que naquele lugar do quadro que tinha naquela direção seria colocado uma tv pra mim.

Então a cama ficaria em baixo da janela, basicamente igual o meu quarto e do daddy mas lá é uma sacada e a porta é um pouquinho longe e o quarto é milhões de vezes maior que esse.

- pode colocar um pouco mais pra cá? Eu queria que tivesse dois criados mudos do lado da cama. - ele concordou gentilmente.

- oi meu amor. - minha mãe apareceu.

- oi mãe. - sorri e ela me deu carinho.

- tá indo tudo bem? - concordei.

- tá sim.

- pode deixar aquela caixa em outro quarto. - apontou pras diversas bonecas e Barbies.

- ah, tudo bem... Quando eu tiver coragem eu coloco. - ela sorriu pra mim.

- quero que saiba que gosto de vocês dois juntos. - sorri.

- daddy cuida de mim.

- eu sei, mais tô dizendo isso por que... Namorados... Vontades... - fiquei tímida e ri.

- acho que daddy não vai querer fazer nada. - fomos andando pra fora do quarto, no corredor e com calma.

- bom, se fizerem não é da minha conta mais... Como foi a sua primeira vez? - entramos no seu quarto e sorri, sem me importar de contar isso a ela. Sei que ela quer tanto saber.

- foi perfeita mãe... Tivemos tantas tentativas mas eu não conseguia, doía muito. - me sentei na sua cama e ela logo depois, segurando uma xícara com o que parecia café.

- e... Ele te trata bem? Te tratou nesse dia? - concordei feliz.

- daddy foi muito paciente e bom... Igual todos os dias... - apertei as minhas mãos.

- Maria... Eu estava longe e te vigiava, mas não cem por centro e quando voltei... Quando puxei sua fixa toda... Você... Abortou por que? Aquele dia falamos no ar e eu não queria te perguntar tanto. - respirei fundo e concordei.

- na época o pai era mal como eu disse e... Tentava me tirar do daddy pela herança da vovó e...

- eu prendo esse homem! - ficou com raiva.

- não mãe.. - a toquei. - isso era o tumor lembra? - respirou fundo. - os médicos disseram.

- então ele teve um tumor a vida inteira, ele sempre foi aquele babaca. - se levantou brava.

- ele ficou pior e colocou a vida do daddy em perigo por causa do tumor, o tumor piorou. - se virou a mim e eu estava com medo.

- desculpa meu amor.

- tudo bem. - voltou pro meu lado.

- é que... Caí no papo dele, fui a sua prostituta pessoal.. - nos olhamos. - e engravidei e não me arrependo. - me deu carinho e sorri fraco. - mais ele... - suspirou.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora