289° capítulo

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Henrique.

Hoje era sábado, finalmente.

Eu deveria ir trabalhar por que ainda é um dia de trabalho, mas gosto de curtir os finais de semana junto com a Maria... E agora com a Helena.

Pedro foi embora ontem e dei um sermão, nada demais, só falei pra ele continuar na linha pra não aborrecer a mãe.

Diz ele que ia "se comportar".

Ontem compramos uma cômoda branca em detalhes rosinhas, ficaria pra Helena mas por agora será da Maria, por que iremos nos desfazer do guarda-roupa dela.

Achamos uma menina pra doar a ela, é um pouco mais novinha que a Maria e pela sua empolgação ontem no celular, ela tá feliz.

É uma das famílias que Melissa conhece e ajuda. Prometemos a cama da Maria a ela também mas falei que eu iria segurar só mais alguns meses pra caso aja visitas, ela não viu problemas.

Maria tava feliz com isso também.

Então o negócio agora é: dobrar as roupas da Maria pra colocar na cômoda que irá chegar hoje.

Algumas peças ela vai doar pra essa menina e o restante vai pro closet do nosso quarto, que finalmente depois de décadas eu resolvi arrumar. As fantasias que eram da Maria, caixas de brinquedos, livros, pertences com significados, ela disse que não daria nadinha e não interferi, é algo dela e que ela gosta e vou respeitar quando ela falar que quer guardar pro resto da vida.

Tava todo no corredor e eu colocaria em um dos quarto que agora está disponível.

- mor. - chamei.

- oi. - veio, cabelo amarrado, as mechinhas caindo no rosto, top sem alcinha, shortinho de dormir e a barriguinha.

Meu deus se não dá vontade de apertar eu não sei.

- coisa mais lindinha. - sorriu.

- para daddy fala. - ficou tímida.

- tá, vai querer doar isso? - mostrei, era uma calça, tinha várias outras. - é novinha. - ela usou poucas vezes mas não serve nela, serviria a uns dois anos atrás.

- eu não uso mais esse tamanho a muito tempo.

- então vai querer doar? - concordou. - tá e esses livros aqui? - tava tudo sobre a cama. - tava dentro do guarda-roupa. É de escola do ano passado e tem esses cadernos que a Maria nem chegou a usar. - ela pensou.

- e tem muita coisa de arte né? - concordei.

- uhum.

- podemos guardar só por agora? - sorri pra sua timidez.

- pode meu amor. - dei carinho nela.

- mais esses cadernos que não usei vou dar pra menina que a gente vai dar o guarda-roupa, podemos?

- claro, são suas coisinhas então tu quem manda. - ela ficou feliz. - coloca nessa caixa oque vai doar dessas coisas aqui que eu vou levar as do corredor pro outro quarto e já deixar um espaço vago pras coisas que tu vai querer guardar, tá bom?

- tá bom. - fui lá.

Levei duas de cada vez, as mais pesadas levei uma de cada vez mas tinha uma tão leve, talvez vazia.

Coloquei no closet de um dos quartos, aquele com duas janelas.

Maria adorou esse quarto, é aconchegante e diz ela que o teto é menor, mas ele só é um pouco inclinado.

Abri aquela caixa "vazia" e achei só papel e uma lanterna.

Ué.

Os papéis eu separei e a lanterna examinei... Funcionava mas falhava, tinha cheiro de terra e não estava totalmente limpa, estava desgastada.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora