231° capítulo

1.3K 130 77
                                    

Henrique.

- coma meu filho, por favor. - estava com olheiras.

Mas recusei o prato e me levantei do balcão.

- não consigo... Não dá. - digo olhando pra ela até sair andando.

Subi.

Não estava com um buraco no peito, eu já entendi que Melissa não é capaz de machucar Maria, mais é... Uma maluca, oque ela quer?!

Eram 01h da manhã, Pedro e Beatriz estavam dormindo e minha mãe acordada tentando me convencer a comer, mas não tinha como, era impossível.

Meu celular começou a tocar, eu disparei, no primeiro toque eu já peguei ele.

- alô. - atendi eufórico, não tinha nome.

- Henrique.

- cadê ela, por favor Melissa cadê Maria?! - isso sim me machucou.

- por favor vamos conversar.

- conversar? - ri. - conversar?

- deixa eu explicar... Por favor. - suspirei. - ela tá dormindo, não a machuquei, não faria isso... Ela está aqui, e bem... Já comemos, ela tomou banho e escovou os dentes... Ela está bem. - por mais que Maria esteja longe, isso me aliviou tanto, tirou um peso enorme que eu sentia.

- não pode machuca-lá.

- e não vou! Henrique sou a mãe dela.

- e olha oque tá fazendo!

- tem alguém atrás dela Henrique... - não falei nada.

- como assim? - me sentei na cama.

- oque pra gente não passa de sei lá... Você não tem ideia do quanto Mariana e Maria Luísa eram valiosas... E agora eles sabem da Maria.

- não tô entendendo.

- querem ela, aquela mulher maluca. - penso até começar a me desesperar. - Henrique, fiz isso sim pra salvar Maria, mas você sairia morto dessa. - não falei nada. - se você quiser as provas que consegui...

- como assim, que provas? - ela suspirou. Provas? Como ela conseguiu provas?

- a faculdade que fiz em outro país... Sou policial, trabalho disfarçada. - ri e me levantei.

- não vou acreditar nisso.

- Henrique... A tantas coisas que consegui, eu estava afastada por estar morta entre aspas... Mais eu voltei.

- e certamente um policial consegue colocar aquela mulher na cadeia.

- precisamos de provas, ela é poderosa, existem polícias corruptos trabalhando pra ela e não sabemos quem são, não podemos falar dessas coisas tão abertamente, por isso o caso é sigiloso.

- e onde vocês estão?

- perto.

- perto onde?

- Vila Branca, n°17. - anotei muito rápido, na primeira coisa que vi. - pode vim, mas não hoje e não essa semana... Podem tá te vigiando. - contrai o maxilar.

- como você sabe que essas pessoas são tão poderosas assim?

- trabalham em uma quadrilha, não é um ou dois, é uma enorme quadrilha... Tô te arriscando contando isso, você não pode dizer a ninguém.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora