Maria Clara.
- e... Quero que diga como sente diante disso, algo que venha de dentro do seu coração, um sentimento profundo. - respirei fundo, sentada em perna de índio na poltrona em frente a do doutor Mário.
- eu... - suspirei. - tenho medo que ela seja má. - falávamos da minha mãe.
- e ela algum dia foi? - penso. - pense nisso, o tempo que for necessário. - e fiquei, tantos segundos dentro daquelas palavras do Dr Mário.
- ela nunca foi. - disse por fim.
- e por que acha que agora ela é? Você quer falar da mensagem que leu no celular do Henrique ou ainda não está pronta? - neguei. - tudo bem, vamos por partes. - se acomodou. - Maria... Antes de mais nada entenda... Mães, essa palavra, que é de um ser humano único no mundo, que te gerou, que passou meses cuidando de você dentro de um útero... Esse ser faria e seria capaz de te ver feliz pro resto da vida, lembre disso, lembre que ela tem motivos pra estar fazendo tudo que faz. - concordei fraquinho. - mas se ela te assustando, a minha recomendação por enquanto.. não precisa seguir se não estiver com coragem... Mas a minha sugestão é você pegar o celular do Henrique com o número dele pra não dar o seu, ligar pra ela, conversar, deixá-la falar e quando for sua vez, você diz oque está sentindo diante disso tudo... Ela não é um monstro, ela não vai te dizer palavras horríveis, você diz pra ela assim "mãe ou dona Melissa como quiser... Mãe, tudo que você está fazendo está me assustando, eu já tenho a minha vida, já tenho minhas coisas, estudo, sou boa aluna, tenho ótimos amigos... Se você quer se aproximar, precisa vim com calma, um passo de cada vez... É... Venha na minha casa, almoça comigo, vamos ao shopping que tal? Tomamos sorvete... Podemos fazer várias coisas juntas mas você não pode passar essa ideia de pessoa má". - ele sorriu no final. - isso é oque estou dizendo, você pode dizer menos ou nem dizer nada, mas tenha coragem de colocar pra fora e se expressar. - concordei. - não toque no assunto por enquanto do motivo dela ter sumido, das suas irmãs... Não toque nesse assunto até o momento em que você quer realmente ouvir isso dela, você precisa ser sincera no começo e não curiosa certo? - concordei.
- Dr Mário.
- diga.
- eu tenho medo que ela me tire do daddy. - ele suspirou, tirando os óculos de graus.
- bom, a lei permite que os pais legítimos de seus filhos tenham o direito sobre ele até os 18, se for o caso, meninas até os 21 anos. - penso. - e é por isso que precisa seguir meu conselho, precisa colocar as cartas na mesa antes que ela tome iniciativas que ela acha que estão certas. Você precisa conversar, dizer que é feliz com Henrique e como vive e que não quer voltar a morar com ela, mas que quer ela presente como mãe e amiga. - meus olhos se encheram de lágrimas.
- na.. na mensagem ela disse que... Que...
- calma, quer ir para o tapete? - concordei.
Fomos pro tapete, no outro espaço da sala onde tem puffs, Dr Mário começou a atender crianças de 8 anos pra cima e tem alguns brinquedos mas nem todos eles são tão infantis assim.
- quer prosseguir? - ele se sentou do meu lado em perna de índio como eu e ficamos os dois com um brinquedo na mão. - respire fundo, pode soltar as lágrimas mas tenta falar isso com a concentração máxima, já é um treinamento para quando estiver falando com ela, precisa mostrar que já é grande e que tem as suas responsabilidades. - respirei fundo e tentei.
- ok... Na mensagem ela disse que queria.. me tirar do daddy. - respirei fundo outra vez e não era difícil, continuei. - ela disse que eu tenho uma mãe e que essa mãe é ela, como se daddy não fosse ninguém na minha vida. Foi assim que entendi. Aí ela disse... Que sou dela e que me queria de volta.
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• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2
Fanfiction⚠️ PARTE DOIS DA HISTÓRIA POR CAUSA DO LIMITE DE CAPÍTULOS. ⚠️ NÃO ACEITO MAIS ADAPTAÇÕES. 💜🧚🏻♀️ +16|| - Daddy. - falou a menor com a voz de sono. - o que foi, princesa? - falou o homem com a sua voz grossa. Maria Clara, uma garota com infantil...